Tratamento antecipado ajudaria a conter casos moderados de Alzheimer

  • Por Agencia EFE
  • 22/07/2015 10h46
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Washington, 22 jul (EFE).- O tratamento antecipado do Alzheimer poderia ajudar a frear os sintomas de casos moderados da doença, concluiu um estudo apresentado nesta quarta-feira sobre uma nova fase de testes do remédio Solanezumab, da multinacional Eli Lilly, durante a Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC), que acontece esta semana em Washington.

Até o momento, o Solanezumab e Aducanumab, este último da empresa Biogen, são os dois medicamentos mais promissórios para lutar contra o Alzheimer, uma doença que ainda não tem cura e cujo tratamento está cada vez mais voltado à detecção antecipada através de sintomas associados.

De acordo com a diretora de pesquisa da Eli Lilly, Hong Liu-Seifert, o medicamento “melhorou e conta agora, pela primeira vez, com uma metodologia estatística” que permite aos especialistas determinar como aprimorar o uso do fármaco.

Após várias fases de testes clínicos, a equipe de Hong Liu-Seifert conseguiu determinar com mais confiabilidade estatística que iniciar o tratamento antecipado da doença – até 28 semanas antes – pode ajudar a manter a qualidade cognitiva que em outros casos se perderia.

Segundo a diretora, com o passar do tempo, poderão ser acumulados mais dados de análises clínicas para determinar se é adequado iniciar o tratamento para conter o Alzheimer, inclusive antes da doença se manifestar.

O Solanezumab é um anticorpo monoclonal que atua como protetor neuronal para evitar a ação de uma proteína que foi identificada como o detector precoce do Alzheimer, a amiloide cerebral. Estas proteínas começam a se acumular no cérebro e indicam os primeiros sintomas do Alzheimer, que provoca a perda de memória.

Conforme explicou Hong Liu-Seifert, a identificação antecipada da predisposição a desenvolver este processo é fundamental para poder controlar a doença a tempo, que costuma se manifestar a partir dos 60 anos e afeta, aproximadamente, 35 milhões de pessoas no mundo e 1,2 milhão no Brasil. EFE

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