Trava quebrada e falta de espaço fizeram com que auxiliar de serviços fosse arrastada, diz policiais

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2014 16h49

O caso da morte de Cláudia Silva Ferreira que foi baleada por policiais e arrastada na viatura no caminho ao hospital, ganhou novos desdobramentos e versões nesta quarta-feira.

Os três PMs que participaram da operação na favela do Congonha e também do socorro da auxiliar de serviços começaram a ser ouvidos no inquérito aberto pela Polícia Civil. Segundo um dos policiais, Cláudia foi colocada no porta-malas por não haver espaço no parte de trás do veículo e que o local onde a vítima foi socorrida era apertado e não havia espaço para abrir a porta lateral da viatura.

Os policiais ainda argumentaram que a porta estava aberta no trajeto até o hospital porque a trava de segurança estava quebrada. Todas as versões conflitam com outras já apresentadas e até com perícias técnicas. De acordo com os peritos, a trava não estava quebrada.

O advogado dos PMs alegou, inicialmente, que a havia armas de grosso calibre no banco de trás, por isso Cláudia não foi colocada no local. A perícia chegou à conclusão de que a auxiliar de serviços morreu por causa dos tiros e não por ter sido arrastada. A família afirma que Cláudia ainda estava viva quando saiu do morro do Congonha.

Nesta quarta-feira, a família de Cláudia foi recebida pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho. Na ocasião, foi feito um pedido formal de desculpas à família. O governador ainda prometeu máximo rigor nas investigações e punição dos policiais envolvidos.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.