Trens da Luz ficarão fechados por mais dois dias para colocação de cinco vigas

  • Por Jovem Pan
  • 28/12/2015 09h05
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SÃO PAULO, SP, 27.12.2015: MUSEU-SP Técnicos do Instituto de Pesquisa Tecnológica, da Defesa Civil, da Polícia Técnico-Científica, do Corpo de Bombeiros e de uma empresa de restauração fazem uma vistoria no prédio do Museu da Língua Portuguesa na tarde deste domingo (27) para analisar a possível reabertura da Estação Da Luz nos próximos dias. Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Milton Bersolli, os técnicos avaliam ainda a Estação da Luz, que faz parte do complexo onde fica o museu.(Foto: Marlene Bergamo/Folhapress) Marlene Bergamo/Folhapress - 27.12.15 Vigas e escombros danificados pelo fogo retirados do prédio da Estação da Luz ainda permanecem no local

Uma semana após o incêndio de grande proporção que atingiu o Museu da Língua Portuguesa, parte do prédio da Luz no centro de São Paulo, que abriga também a tradicional estação de trem, permanece interditada.

Técnicos que retiraram escombros neste fim de semana calculam que são necessários ainda dois dias para obras de escoramento de estruturas e paredes. Então, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) fará nova vistoria no local a fim de liberar o acesso às linhas 7-Rubi e 11-Coral da CPTM, que funcionam apenas até as estações Palmeiras Barra Funda e Brás, respectivamente. As linhas do metrô que passam pela Luz, entrentanto, operam normalmente.

As obras serão retomadas nesta segunda-feira (28). Um guindaste é esperado no local novamente para auxiliar nos trabalhos. Parte do material danificado pelas chamas retirado nos últimos dias ainda se encontra em frente ao prédio da Luz.

Uma viga de escoramento foi colocada neste fim de semana numa obra de engenharia de atirantamento. No processo de atirantamento, é colocada uma viga junto a cabos de aço para que uma parede sirva de contrapeso para outra, evitando assim, desabamentos.

Os especialistas verificaram, após cinco horas de vistoria no domingo, que devem ser colocadas ainda mais cinco vigas para a segurança das paredes do local. O IPT vistoriou o local após a retirada do entulho do terceiro andar da edificação, atingido pelo fogo. Após a limpeza do local, foram verificados mais pontos instáveis.

“O prazo é necessário porque a gente precisa fazer um trabalho com calma”, explica Eduardo de Faria, técnico de metarlugia da Concrejato, empresa responsável pelas obras. “A gente não pode tensionar muito as paredes pois isso causaria um efeito contrário, gerando tração e podendo derrubá-las”.

Incêndio aconteceu na segunda-feira passada (21) – Foto: EFE/Sebastião Moreira

Com informações dos repórteres Tiago Muniz e Anderson Costa.

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