Três sacerdotes e professor suspeitos de pedofilia depõem a juiz na Espanha
Granada (Espanha), 26 nov (EFE).- Três sacerdotes e um professor laico de religião detidos na cidade de Granada, na Espanha, por supostos abusos sexuais a um menor prestaram depoimentos para um juiz instrutor nesta quarta-feira.
O caso começou com uma denúncia feita em outubro por um jovem, de 24 anos, que disse ter sofrido abusos sexuais quando era menor de idade. Ao saber da denúncia, o papa Francisco telefonou para o jovem para pedir perdão em nome da Igreja Católica.
Nesta quarta-feira, os detidos se encontraram com o juiz Antonio Moreno, do Juizado de Instrução de Granada. O último a fazê-lo foi o padre Román, que dá nome ao grupo de padres ultraconservadores “Os Romanones”, ao qual pertencem o resto dos acusados.
Considerado o líder do grupo, o padre Román também foi o último a depor à Polícia Nacional, segundo informaram à Agência Efe fontes ligadas ao caso.
Em depoimento à polícia, os acusados negaram envolvimento com o caso e se disseram inocentes, como fizeram desde que foram detidos na segunda-feira.
À medida em que foram depondo, passaram pelos tribunais sem contato uns com os outros, medida adotada pelo juiz desde o momento das detenções e que pode se prolongar por mais cinco dias.
Quando o juiz considerar a coleta de informações concluída, será emitido um documento com a situação processual de cada um.
O procurador-geral do Estado, Eduardo Torres-Dulce, classificou como “abominável” e “especialmente grave” o suposto comportamento dos detidos, mas não revelou será pedida a prisão para os quatro envolvidos.
A paróquia San Juan María Vianney de Granada, onde o padre Román costumava celebrar a missa, foi vista com acusações de pedofilia pintadas em tinta vermelha nesta quarta-feira.
Nos últimos dias houve uma segunda denúncia, apresentada por uma testemunha dos supostos abusos sexuais investigados, que prestou depoimento e depois decidiu tornar seu testemunho uma denúncia com dados e nomes.
De acordo com o subdelegado do governo de Granada, Santiago Pérez, a polícia abriu investigações para voltar a ouvir essa testemunha.
Em alusão a esse caso, o papa Francisco declarou na terça-feira que “a verdade é a verdade e não devemos escondê-la”. EFE
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