Tribunal anula eleição para o governo da província argentina de Tucumán

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2015 01h20

Buenos Aires, 16 set (EFE).- Um tribunal da Argentina anulou nesta quarta-feira as eleições para o governo da província de Tucumán, no noroeste do país, após as várias denúncias da oposição por fraudes e irregularidades no pleito.

Segundo a decisão judicial, divulgada pela agência oficial “Télam”, o tribunal ordenou que o Executivo da província tome medidas para realizar uma “nova convocação para eleições”.

O candidato de oposição ao governo de Tucumán pelo Acordo para o Bicentenário, José Calo, tinha entrado com uma ação para denunciar irregularidades na contabilidade dos votos e a queima de urnas no pleito realizado no último dia 23 de agosto.

Segundo a apuração final, que foi concluída na segunda-feira, a eleição foi vencida com 51,64% dos votos por Juan Manzur, candidato ao governo pela coligação Frente para a Vitória, apoiada pela presidente Cristina Kirchner. Calo teve 39,94% da preferência do eleitorado e ficou com o segundo lugar.

A Sala I do Tribunal Administrativo de Tucumán enviou uma notificação formal de sua decisão a todas as partes envolvidas no caso e à Junta Eleitoral da província.

O tribunal deu um prazo de 48 horas para que a medida seja respondida, mas fontes da Frente da Vitória citadas pela “Telám” indicaram que vão recorrer à Corte Suprema de Justiça de Tucumán.

Na semana passada, o mesmo tribunal tinha ordenado que a Junta Eleitoral não declarasse o vencedor do pleito até que a decisão sobre o pedido de anulação da votação fosse expedido.

Após a divulgação dos resultados da apuração, Manzur, ex-ministro da Saúde, comemorou o resultado em um parque da capital da província, San Miguel de Tucumán, com cerca de 40 mil eleitores.

A Argentina realizará eleições presidenciais no próximo dia 25 de outubro. A oposição solicitou ao governo e à Justiça Eleitoral medidas para garantir a transparência do pleito. EFE

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