Tribunal condena 24 pessoas à morte por assassinato de soldados iraquianos
Bagdá, 8 jul (EFE).- Um tribunal iraquiano condenou nesta quarta-feira à morte 24 pessoas acusadas de participar do denominado “massacre de Spiker”, no qual o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) executou centenas de soldados das Forças de Segurança iraquianas em Tikrit em junho de 2014.
As autoridades judiciais iraquianas divulgaram hoje um comunicado no qual anunciaram que “o Tribunal Penal Central emitiu penas de morte contra 24 acusados, após considará-los culpados de participar do massacre do acampamento militar de Spiker, na província de Saladino, no ano passado”.
Quando essa base, situada ao norte da cidade de Tikrit, foi tomada pelo EI, calcula-se que nela havia cerca de 1,7 mil soldados, muitos dos quais teriam sido assassinados pelos jihadistas.
O porta-voz oficial do judiciário iraquiano, o magistrado Abdelzatar al Birqader, informou através do comunicado que a corte decidiu hoje libertar quatro acusados, porque não foi comprovada sua participação nesse crime.
Um total de 28 acusados foram levados na segunda-feira ao Tribunal Penal, que realizou o julgamento e ditou as sentenças hoje mesmo, segundo Al Birqader.
Os condenados são supostos integrantes do EI, que foram detidos pelas autoridades iraquianas em diferentes pontos do país e em diferentes momentos, mas suas identidades não foram reveladas.
Em 31 de março, as tropas iraquianas conseguiram arrebatar do EI o controle de Tikrit, situada cerca de 150 quilômetros ao norte de Bagdá.
Desde então, as autoridades exumaram quase 500 corpos de valas comuns, procedentes do massacre de Spiker, na qual a ONG Human Rights Watch (HRW) denunciou que entre 560 e 770 homens foram executados, em sua maioria soldados do Exército iraquiano.
O massacre foi um dos mais graves cometidos pelo EI no Iraque e desencadeou ações de vingança de milícias xiitas contra tribos sunitas, que foram acusadas de respaldar os jihadistas. EFE
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