Tribunal Constitucional permite atrasar eleições na Tailândia

  • Por Agencia EFE
  • 24/01/2014 12h28
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Gaspar Ruiz-Canela.

Bangcoc, 24 jan (EFE).- O Tribunal Constitucional da Tailândia abriu nesta sexta-feira uma brecha para a possibilidade de as eleições de 2 de fevereiro, às quais se opõem os manifestantes antigoverno e o Conselho Eleitoral, serem atrasadas.

A decisão por unanimidade dos oito juízes do tribunal aconteceu por uma solicitação da Comissão Eleitoral, que defendia adiar o processo eleitoral devido aos protestos e à declaração do estado de exceção.

No entanto, o tribunal também informou que, caso fosse decidido atrasá-las, o Executivo e a Comissão Eleitoral deverão concordar uma data alternativa através de um novo decreto real, o que parece improvável.

A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, reiterou sua intenção de manter a data das eleições, apesar do boicote do opositor Partido Democrata e dos manifestantes antigoverno que iniciaram os protestos em outubro.

“A obrigação de um partido político é concorrer às eleições. Se as regras e normas forem rechaçadas, o país não sobreviverá”, disse a primeira-ministra na semana passada.

Mais de 20 partidos estão concorrendo às eleições, cuja votação já começou entre os tailandeses moradores no exterior e no domingo começa o voto por antecipação.

Yingluck, que se apoia nos eleitores do norte e do nordeste, tem como oposição grande parte da elite burocrática, setores próximos à monarquia e o exército, assim como as classes média e alta de Bangcoc, e a maioria do eleitorado no sul.

O Partido Democrata, liderado por Abhisit Vejjajiva, decidiu não concorrer às eleições e os manifestantes antigoverno impediram que candidatos se registrassem em várias jurisdições no sul, reduto eleitoral da oposição. EFE

grc/tr

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