Tribunal da Malásia confirma pena de morte para 3 irmãos mexicanos
Putrajaya, 23 abr (EFE).- O Tribunal Federal da Malásia confirmou nesta quinta-feira a pena capital para três irmãos mexicanos, que esgotaram todas as vias legais para evitar a forca por um crime de narcotráfico cometido há sete anos.
Os mexicanos Luis Alfonso, Simón e José Regino González Villarreal escutaram a sentença no tribunal da capital administrativa de Purtrajaya, acompanhados por alguns familiares e o embaixador mexicano no país, Carlos Félix.
Os cinco juízes do tribunal desprezaram os argumentos da defesa, que apontou inconsistências nas provas apresentadas pela promotoria e uma suposta manipulação da droga apreendida.
Vestidos com roupas brancas com mangas vermelhas, o uniforme dos presidiários na Malásia, os réus condenados à morte, nascidos no estado mexicano de Sinaloa, chegaram ao tribunal algemados e escoltados por dez agentes.
Além de Luis (47 anos), Simón (39) e José Regino (37), se sentaram no banco dos réus o cingalês Lim Hung Wa e o malaio Lee Boon Sid, que também tiveram a pena capital confirmada pelos juízes.
Os cinco presos foram detidos no dia 4 de março de 2008 em uma operação realizada pela polícia na cidade de Johor Bahru, próxima à fronteira com a Malásia.
Os agentes da brigada antinarcóticos apreenderam 29 quilos de metanfetamina, droga avaliada em US$ 15 milhões, apesar de um terço da substância ter desaparecido já quando estava sob custódia policial.
Em 17 de maio de 2012, Mohammed Zawawi Saleh, do Tribunal Superior da Malásia, conhecido peloa apelido de “juiz corda”, considerou o grupo culpado, condenando-os à morte na forca.
A defesa recorreu ao Tribunal de Apelações, que ratificou a pena capital em agosto de 2013.
Como último recurso, os três mexicanos ainda podem solicitar o perdão real para evitar a forca. EFE
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