Tribunal de Pretória reinicia leitura do veredicto de Pistorius

Pretória, 12 set (EFE).- O Tribunal Superior de Pretória reiniciou nesta sexta-feira a leitura de seu veredicto sobre o julgamento do atleta Oscar Pistorius, acusado de matar a tiros sua namorada, a modelo ++Reeva++ ++Steenkcamp++, em 14 de fevereiro do ano passado.

A juíza do caso, ++Thokozile++ ++Masipa++, que ontem interrompeu sua leitura no início da tarde, retomou a exposição às 9h30 (local, 4h30 em Brasília) em meio a uma grande expectativa, dentro e fora do país, pelo destino de Pistorius.

Pistorius chegou ao Tribunal meia hora antes do começo da sessão, atravessando uma enxurrada de veículos de comunicação e curiosos que se amontoava na porta.

Na primeira parte do veredicto, o velocista foi absolvido do crime de homicídio doloso, como era pedido pela promotoria, o que o livrou da pena mais dura da legislação sul-africana: a prisão perpétua.

Uma vez descartada a possibilidade de Pistorius ter premeditado a morte de sua namorada, sobram duas opções: a condenação por homicídio culposo ou a absolvição.

Logo antes de adiar a leitura do veredicto, a juíza do deixou claro que não acredita que Pistorius tenha disparado acidentalmente, mas de forma voluntária e “negligente”, embora isso não implique que buscava matar quem estava por trás da porta.

Uma “pessoa razoável” teria tomado mais medidas para evitar matar alguém, como, exemplificou, chamar a segurança ou sair na varanda e gritar por ajuda, acrescentou a magistrada.

Segundo fontes jurídicas, a negligência faz prever que o acusado atleta será condenado por homicídio, um delito para o qual a legislação sul-africana prevê um máximo de 15 anos de prisão.

Pistorius protagonizou em 2012 uma das maiores proezas da história do esporte ao se transformar no primeiro atleta com as pernas amputadas a disputar Olimpíadas. EFE