Tribunal do EI ordena libertação de 29 reféns assírios sequestrados na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 28/02/2015 13h31
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Beirute, 28 fev (EFE).- Um tribunal do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) ordenou neste sábado a libertação de 29 reféns assírios, um grupo étnico de credo cristão, sequestrados nesta semana pelos jihadistas na província de Al Hasaka, no nordeste da Síria.

Kino Gabriel, dirigente do Conselho Militar Siríaco Sírio (CMSS), uma milícia cristã que opera nessa zona, disse à Agência Efe que os civis sequestrados foram já postos em liberdade pelo EI, mas que ainda estão em um dos povos tomados pelos extremistas na ribeira do rio Jabur.

O líder militar cristão acrescentou que a organização radical decidiu libertar esses civis após investigá-los, embora tenha dito que por enquanto as acusações são ignoradas.

Gabriel indicou que ainda prosseguem as negociações para a libertação do resto de reféns assírios em mãos do EI, cujo número é calculado entre 220 e 373.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos precisou que entre esses 29 assírios libertados há um que foi sequestrado há um mês pelo EI.

Na segunda-feira passada, combatentes o EI invadiram vários povos de maioria assíria em Al Hasaka e levaram a centenas de civis.

Enquanto o Observatório afirma que os sequestrados são 220, o presidente do Movimento Patriótico de Assíria, Ashur Giwargis, indicou que são 373, entre eles mulheres e menores.

Em Al Hasaka mora a maior parte dos assírios da Síria, um grupo étnico de credo cristão que também tem presença no Iraque e Turquia.

Antes do início do conflito em território sírio, em março de 2011, havia 200 mil, embora agora só restam entre 15 mil e 20 mil neste país, de acordo com os dados proporcionados por Giwargis.

Seu idioma, o assírio, é uma mistura da acádia, uma antiga língua de Mesopotâmia, e do aramaico, que também é usado na liturgia.

São cristãos e seguem às igrejas siríaco-ortodoxa e a assíria do Leste.

Este sequestro coincide com uma ofensiva das Unidades de Proteção do Povo -milícias curdas sírias- para retomar regiões ricas em petróleo e gás de Al Hasaka capturadas pelo EI. EFE

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