Tribunal egípcio proíbe atividades do movimento 6 de Abril
Cairo, 28 abr (EFE).- O Tribunal de Assuntos Urgentes do Cairo proibiu nesta segunda-feira as atividades do movimento juvenil 6 de Abril, um dos principais instigadores dos protestos que levaram à derrocada de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.
A agência estatal de notícias “Mena” informou que a corte, presidida pelo juiz Tamer Riad, também ordenou o confisco das sedes do grupo.
Segundo meios de comunicação locais, Riad tomou essa decisão ao considerar que o movimento espionou e difamou o Estado egípcio.
Em 7 de abril, um tribunal do Cairo confirmou a pena de prisão de três anos ditada em dezembro passado contra Ahmed Maher e Mohammed Adel, fundadores do 6 de Abril, e do blogueiro Ahmed Duma, por organizar um protesto ilegal e causar distúrbios em 30 de novembro de 2013.
A concentração não contava com a permissão das autoridades, como exige a polêmica lei de protestos aprovada pelo governo nesse mesmo mês, que limita o direito a se manifestar.
Centenas de pessoas desafiaram no sábado passado essa proibição e saíram às ruas do Cairo para protestar contra essa lei, convocados pelo 6 de Abril e outros grupos de ativistas.
Maher e outros jovens criaram em 2008 um grupo no Facebook denominado “6 de abril: Dia da Raiva” para chamar a uma jornada de greve e protestos pacíficos em solidariedade com os trabalhadores têxteis de Mahala al Kubra, no delta do rio Nilo.
O movimento foi um dos instigadores dos protestos que levaram à revolução contra Mubarak (1981-2011) e atualmente critica as novas autoridades surgidas da derrocada de Mohammed Mursi em julho, sobretudo depois do encarceramento de seus líderes. EFE
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