Tribunal mexicano julgará mais 4 funcionários por fuga de “El Chapo”
Cidade do México, 7 set (EFE).- Um tribunal mexicano julgará outros quatro servidores públicos supostamente envolvidos na fuga do narcotraficante Joaquín “El Chapo” Guzmán, com o que são sete funcionários submetidos a processo neste caso, informou nesta segunda-feira o Conselho Judiciário Federal (CJF).
O órgão administrador do Poder Judiciário no México afirmou que o Quarto Juizado de Distrito de Processos Penais Federais no Estado do México, com sede em Toluca, ditou auto formal de prisão, que implica no início de um julgamento penal, contra os quatro funcionários por sua provável responsabilidade no crime de fuga de presos.
O Conselho Judiciário detalhou em comunicado que os quatro estão detidos no Centro Federal de Readaptação Social Número 1 “Altiplano”, em Almoloya de Juárez, no Estado do México, por causa do cumprimento de uma ordem de apreensão emitida pelo tribunal no último dia 29 de agosto.
O órgão declarou que a contribuição de novo material probatório permitiu ao tribunal concluir que não houve falha no sistema de monitoração da cela 20 de área de tratamentos especiais do citado Centro de Federal de Readaptação, onde se encontrava Guzmán.
Também concluiu que os quatro servidores públicos não seguiram os protocolos de segurança nem as normas às quais estavam obrigadas, assim como também não informaram oportunamente da fuga.
Esse fato permitiu ao juiz da causa considerar que os quatro funcionários (dois do Centro de Investigação e Segurança Nacional e dois do Centro de Controle de Monitoração, dependentes do Centro Federal de Readaptação Social Número 1) favoreceram a fuga de Guzmán, líder do Cartel de Sinaloa.
No último dia 24 de julho, o Conselho Judiciário informou que outros três funcionários – o ex-encarregado do centro de controle da prisão e dois guardas – serão julgados também como suspeitos na fuga de “El Chapo” através de um túnel de um quilômetro e meio que ia de uma casa em construção fora do presídio até a cela do detento. EFE
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