Tribunal mexicano suspende eventual extradição de “El Chapo” aos EUA
Cidade do México, 31 jul (EFE).- Um tribunal mexicano concedeu a Joaquín “El Chapo” Guzmán, que fugiu há 20 dias de um presídio de segurança máxima, a suspensão de uma eventual extradição aos Estados Unidos se for capturado, informou nesta sexta-feira o Conselho do Judiciário Federal (CJF).
Uma fonte desta instituição disse à Agência Efe que a defesa do líder do Cartel de Sinaloa solicitou na quarta-feira passada um amparo contra a ordem de detenção de seu cliente com fins de extradição.
O Juizado do Quinto Distrito de Amparo em Matéria Penal do Distrito Federal, a cargo de Patricia Marcela Díez Cerda, aceitou o trâmite e concedeu a suspensão provisória da extradição.
Esta é uma estratégia da defesa de Guzmán que responde à ordem de detenção com fins de extradição emitida na quarta-feira pelo juiz do Terceiro Distrito de Processos Penais Federais a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), acrescentou a fonte.
Na próxima audiência, marcada para 26 de agosto, Díez Cerda deverá decidir se outorga uma suspensão definitiva da ordem de extradição enquanto se realiza o julgamento de amparo.
A procuradoria mexicana pediu na quarta-feira a ordem de apreensão com fins de extradição após analisar o pedido nesse sentido realizado pelo governo americano.
O subprocurador jurídico da PGR, José Alberto Rodríguez, disse que o pedido de extradição de “El Chapo” foi entregue último mês de janeiro, mas a procuradoria rejeitou “porque faltavam alguns requisitos legais” e devolveu a solicitação aos EUA.
Em 25 de junho, 15 dias antes de “El Chapo” escapar da prisão por um túnel de 1,5 quilômetros, os EUA apresentaram novamente a solicitação de extradição, que desta vez chegou “perfeitamente bem integrada, completa na documentação”, apontou.
Segundo a Agência Antidrogas Americana (DEA), que acaba de incluir o traficante na lista de fugitivos mais procurados e oferecer US$ 5 milhões por informação que leve a sua captura, Guzmán enfrenta acusações por narcotráfico, lavagem de dinheiro e outros delitos no Arizona, Texas, Califórnia e Nova York. EFE
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