Tribunal nega pedido para rever condições de prisão de Karadzic

Bruxelas, 13 mai (EFE).- O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) informou nesta quarta-feira que negou o pedido do ex-líder servio-bósnio Radovan Karadzic para que a internacional revisasse as condições de sua detenção por motivos de saúde.

No julgamento de Karadzic, o juiz sul-coreano O-Gon Kwon rejeitou o pedido feito em janeiro durante uma audiência, quando Karadzic se mostrou preocupado com a “metabolização do açúcar no sangue” e atribuiu isso “à comida, ao local e outras condições” de sua prisão.

Além de se queixar da saúde, Karadzic, de 69 anos, criticou o comportamento da promotoria e “a contínua deterioração da saúde de outros presos”.

O TPII comunicou que “não se envolve em preocupações de caráter geral que não estão vinculadas ao acusado”, e lembrou que “há órgãos legais aos quais cada preso pode recorrer.

Durante a análise do pedido, a promotoria declarou que o acusado não quis receber nenhum tipo de ajuda do órgão para seus problemas de saúde e que também não esclareceu as condições de detenção às quais se refere.

O tribunal havia aceitado uma solicitação apresentada por Karadzic no dia 9 de dezembro para expor suas queixas, o que finalmente fez em janeiro, quando reclamou que “a comida é congelada, esquentada em micro-ondas e em recipientes de plástico”.

A corte julgou Karadzic por 11 acusações de crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio cometidos durante a guerra da Bósnia (1992-1995), como o massacre de Srebrenica e o ataque a Sarajevo.

Karadzic foi capturado no dia 21 de julho de 2008, perto de Belgrado, 12 anos depois de o TPII ordernar sua prisão, e em poucos dias foi transferido para Haia. EFE