Troca de liderança no Iraque aumenta chance de conciliação, diz embaixador Ricupero

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2014 07h48

Refugiados tazidis sobem a helicóptero de ajuda no monte Sinjar no último dia 10. Pentágono diz que de 4 a 5 mil pessoas seguem no local

EFE/Michel Reimon Refugiados tazidis sobem a helicóptero de ajuda no monte Sinjar

A renúncia do primeiro-ministro em fim de mandato do Iraque, Nouri al-Maliki, aumenta as chances de conciliação numa sociedade dividida em etnias comparada a uma “concha de retalhos”, avalia o embaixador e ex-subsecretário geral da ONU, Rubens Ricupero.

O diplomata explica que a saída de Maliki para a entrada do chefe de governo designado, Haidar al Abadi, era condição para que os americanos se opusessem aos jihadistas. Os EUA acusavam o ex-governante de ser sectário e exludente.

Na sociedade iraquiana, há três grupos islâmicos de diferentes orientações, sunitas, xiitas e curdos, além de cristãos do tempo de Jesus (que ainda falam aramaico), além dos yazidis, que estão sendo perseguidos pelos extremistas.

Na última quinta, aliás, o governo americano informou no fim da tarde que a situação dos refugiados yazidi no monte Sinjar não era tão grave.

Homens enviados a resgatar o grupo relataram que, graças aos esforços dos combatentes curdos, boa parte dos yazidis já tinham ido para um lugar seguro. Restariam de quatro a cinco mil curdos sem sofrerem perigo no local. Os líderes locais, porém, negam um abrandamento da perseguição.

Em entrevista à Jovem Pan, Ricupero lembrou também que o o problema é que essa guerra civil no norte do Iraque tem muito a ver com a Síria, já que ocorre na fronteira com o país vizinho, para onde extremistas fogem quando são pressionados.

Confira a análise completa no áudio acima.

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