Troca ultivos ilícitos por legais na Colômbia afeta mais de 8 mil famílias

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2015 19h37
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Bogotá, 12 ago (EFE).- Mais de 8 mil famílias do norte da Colômbia substituíram nos dois últimos anos os cultivos ilícitos pelos legais, com a ajuda do governo e da cooperação internacional, informou nesta quarta-feira o Ministério da Justiça.

A pasta, em conjunto com a a Unidade para a Consolidação Territorial e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), iniciou 17 projetos de desenvolvimento alternativo na região norte do país, segundo comunicado.

Os programas buscam incentivar a substituição de cultivos ilícitos, em sua maioria de folha de coca, por outras práticas legais agrícolas, de produção de cacau, café ou mel.

Além disso, estão sendo desenvolvidas outras linhas produtivas de piscicultura, avicultura e suíno cultura, assim como atividades relacionadas à extração de madeira e borracha.

Com um investimento de mais de 3,3 bilhões de pesos (R$ 3,9 milhões), 42.475 pessoas fizeram esta mudança de vida, nos departamentos de Bolívar, Córdoba, La Guajira, Magdalena e São Andrés, na região de Caribe e na zona de Urabá, que faz parte de Antioquia.

No arquipélago de São Andrés não há cultivos ilícitos, mas sim, muitas atividades relacionadas com o tráfico de drogas. O foco do programa no local foi de fomentar atividades pesqueiras.

O comunicado ainda apontou que o “objetivo é transformar os colombianos que estiveram vulneráveis, diante do mercado de substâncias ilícitas, em agentes de desenvolvimento rural, legalidade e paz”.

Um dos casos de êxito obtidos até agora é o projeto agrícola desenvolvido nas comuniddaes indígenas kogui, malaia e arhuaca, que recuperaram seus territórios ancestrais com a produção de café silvestre, produto que hoje é exportado para Alemanha e EUA.

Esta aliança entre o governo colombiano e a cooperação internacional impulsionou projetos de substituição de cultivos ilícitos em 15 departamentos do país desde 2013. No ano passado a redução foi de 69 mil hectares, segundo relatório de 2014 da UNODC. EFE

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