Trump acusa “The New York Times” e “People” de fabricar denúncias contra si

  • Por EFE
  • 13/10/2016 13h13
BIRCH RUN, MI - AUGUST 11: Republican presidential candidate Donald Trump speaks at a press conference before delivering the keynote address at the Genesee and Saginaw Republican Party Lincoln Day Event August 11, 2015 in Birch Run, Michigan. This is Trump's first campaign event since his Republican debate last week. (Photo by Bill Pugliano/Getty Images) Donald Trump

O candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, acusou nesta quinta-feira (13), o jornal “The New York Times” e a revista “People”, que publicaram testemunhos de supostas vítimas de abusos sexuais por parte do magnata, de fabricar denúncias falsas contra si.

Em sua conta no Twitter, Trump qualificou de “história falsa” e “invenção total” o que foi revelado na quarta-feira pelo “The New York Times”.

O jornal nova-iorquino recolheu o testemunho de duas mulheres, Jessica Leeds e Rachel Crooks, que denunciam ter sido alvo de abusos por parte do hoje candidato presidencial republicano.

Leeds, que agora tem 74 anos, explicou ao jornal que há três décadas o magnata se lançou “como um polvo” sobre ela nos assentos de primeira classe de um avião e que lhe tocou os peitos e tentou colocar a mão deabaixo de sua saia.

Crooks, por sua vez, relatou que em 2005, quando tinha 22 anos e trabalhava na Trump Tower de Nova York, encontrou com o magnata em um elevador desse edifício e que ele, que não a conhecia, a beijou na boca.

Em outro tweet, Trump respondeu também hoje ao testemunho de uma jornalista da revista “People” que assegura que, durante uma entrevista feita em 2005, o magnata abusou dela.

“Por que a autora de um artigo feito há doze anos na revista People não mencionou o incidente em sua história? Porque não ocorreu!”, escreveu Trump.

De acordo com o relato da jornalista Natasha Stoynoff publicado na “People”, durante uma entrevista feita em 2005 com Trump e a sua esposa, Melania, o magnata a levou para um quarto de um hotel de sua propriedade em Palm Beach (Flórida), onde a beijou sem seu consentimento.

Antes de se reencontrar com Melania e voltar ao “modo marido carinhoso, como se nada tivesse acontecido”, Trump, segundo a jornalista, ainda teve tempo de seguir assediando. “Sabe que vamos ter uma aventura, verdade? (…) Vamos ter uma aventura, te digo”.

Stoynoff decidiu guardar silêncio então porque estava “envergonhada” e “temerosa” do que Trump pudesse fazer.

A campanha de Trump qualificou o artigo de “The New York Times” de “ficção” e considera que as denúncias são uma “difamação coordenada e completamente falsa” contra o candidato republicano.

Além disso, os advogados do magnata, do escritório Kasowitz, Benson, Torres & Friedman, convidaram o jornal nova-iorquino a retirar o artigo, retificar e pedir perdão ou, caso contrário, interporão um processo contra o jornal.

Aos testemunhos surgidos no “The New York Times” e “People” é preciso somar o de Mindy McGillivray, que contou ao “The Palm Beach Post” que Trump a “tocou” em 2003 ao término de um concerto em um hotel da Flórida.

Este escândalo, o maior de entre todas as polêmicas que protagonizadas por Trump durante a campanha eleitoral, começou na sexta-feira com a divulgação de um vídeo de 2005 no qual o magnata fala sobre beijar e tocar as partes íntimas das mulheres sem seu consentimento.

Trump negou ter abusado ou agredido sexualmente mulheres e qualificou os comentários do citado vídeo de “só palavras” e “conversa de vestiário”.

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