Trump muda rumo de campanha com incorporação de novos responsáveis

  • Por Agência EFE
  • 17/08/2016 13h36
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EFE/Larry W. Smith Pré-candidato republicano Donald Trump

O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou de novo o rumo de sua campanha eleitoral com a incorporação de novos responsáveis, entre eles, um diretor do portal de notícias conservador “Breitbart News” que comandará a equipe, segundo informou nesta quarta-feira membros do sua equipe.

Stephen Bannon, um alto executivo do “Breitbart News”, vai ser o presidente-executivo da campanha republicana.

A incorporação de Bannon, defensor do estilo populista de Trump e que crítica alguns líderes republicanos como o presidente da Câmara dos Representantes (Deputados), Paul Ryan, quer “reforçar a estratégia de tipo empresarial” do candidato, de acordo com um comunicado divulgado pela campanha.

Kellyanne Conway, até agora assessora e analista de pesquisas da candidatura de Trump e de seu companheiro de legenda, o governador Mike Pence, do estado de Indiana, será a chefe de campanha.

Conway trabalhou nas campanhas de vários republicanos, entre eles o senador Ted Cruz, do ex-presidente da Câmara dos Representantes Newt Gingrich e do próprio Pence, governador de Indiana.

Quanto a Paul Manafort, atual chefe da campanha, permanecerá no cargo, embora as novas incorporações lhe diminuirão competências e responsabilidade na equipe de Trump, de acordo com os veículos de imprensa americanos.

Manafort tomou as rédeas da campanha apenas dois meses depois que o empresário americano ganhou as primárias no estado de Indiana e se transformou no virtual candidato republicano à Presidência.

As mudanças ocorrem apenas dois dias depois de Manafort ser acusado pelo “The New York Times” de receber durante seis anos quase US$ 13 milhões procedentes de um partido pró-Rússia na Ucrânia.

O mesmo jornal garantiu que entre as transações duvidosas havia um acordo no valor de US$ 18 milhões para vender ativos de uma televisão a cabo a um consórcio montado por Manafort e pelo oligarca russo Oleg Deripaska, aliado do presidente Vladimir Putin.

Embora Conway tenha trabalhado em várias primárias, nunca foi chefe de uma campanha para a Presidência e, segundo veículos de imprensa americanos, é uma pessoa muito apreciada por Ivanka Trump, uma das filhas do magnata.

Já Bannon não tem nenhuma experiência em campanhas políticas, mas tem um perfil combativo no terreno dialético similar ao de Corey Lewandowski, seu ex-diretor de campanha, que foi demitido em 20 de junho.

A coordenação da campanha antecipou, por outro lado, que a partir desta sexta-feira vai colocar no ar seus primeiros anúncios de televisão para as eleições gerais nos estados de Flórida, Ohio, Carolina do Norte e Pensilvânia.

Com estas mudanças em sua equipe a menos de três meses para as eleições de novembro, Trump pretende dar um impulso a sua controvertida campanha e se recuperar de sua queda nas pesquisas de intenções de voto, onde sua rival democrata, Hillary Clinton, leva vantagem em nível nacional e em vários estados-chave.

A queda nas pesquisas aconteceu por causa de uma série de polêmicas protagonizadas pelo empresário, como seu embate com os pais muçulmanos de um soldado morto no Iraque ou sua afirmação de que o presidente Barack Obama é o “fundador” do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

No entanto, Trump resistiu às pressões para que modere sua retórica e seja politicamente correto.

“Sabe, eu sou quem sou (…) Não quero mudar. Ou seja, você tem que ser você. Se você começa a mudar, não está sendo honesto com as pessoas”, defendeu nesta terça-feira em uma entrevista a uma televisão local de Wisconsin. 

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