Trump volta a criticar jornalista hispânico em comício na Carolina do Sul

  • Por Agencia EFE
  • 27/08/2015 19h20

Washington, 27 ago (EFE).- O magnata e pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitou um comício realizado nesta quinta-feira na Carolina do Sul para voltar a criticar o jornalista hispânico Jorge Ramos após o desentendimento entre ambos durante uma entrevista coletiva na última terça-feira.

Trump iniciou seu discurso exibindo um exemplar do jornal “The New York Times”, com um artigo na primeira página que menciona o episódio com o apresentador da emissora “Univisión”, expulso temporariamente da coletiva após uma pergunta sobre os planos migratórios do magnata caso seja eleito para a Casa Branca.

“Diz (o artigo) que eu fiquei furioso. Eu? A sala estava cheia de repórteres e ele gritou, pulando a vez dos outros”, explicou Trump, afirmando que Ramos fez um “discurso” e não uma pergunta.

Em um ato na Upstate Chamber Coalitin (Carolina do Sul), uma entidade patronal do estado, Trump leu o início do artigo publicado pelo “The New York Times”, no qual o radialista Ricardo Sánchez se refere ao magnata como “o homem da peruca”.

Para comprovar que seus cabelos “são reais”, o pré-candidato republicano pediu a uma assistente para subir no palco e certificar que ele não usa peruca. Mas não negou o uso de outros produtos para cuidar da aparência.

“Só laquê”, frisou Trump.

Ramos afirmou em entrevista ao jornal “The Washington Post” que Trump, líder nas pesquisas republicanas, “não entende os latinos e sua importância no país”. O apresentador da “Univisión” também considerou como “impraticável” o plano do magnata de deportar 11 milhões de imigrantes e construir um muro na fronteira com o México.

“Meu plano recebeu tremendos aplausos. Dizem que o muro não pode ser construído, mas ele será lindo. Tanto que, algum dia, quando eu não estiver mais aqui, o chamarão de muro de Trump”, afirmou o pré-candidato, afirmando que sua experiência no mundo imobiliário valida o projeto de construção na fronteira.

Trump, que também aproveitou para criticar o ex-governador da Flórida Jeb Bush, um de seus principais rivais nas primárias do partido, disse que será preciso nesta campanha eleitoral “adotar um tom forte ou ficaremos sem país”.

O bilionário, acusado de não dar detalhes de seu programa eleitoral, chamou os funcionários do governo de “ladrões, incompetentes e maus gerentes”. E segue afirmando ser o melhor candidato em todos os quesitos, exceto “em fazer pausas quando me aplaudem”, quando era ovacionado de pé pelos presentes. EFE

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