Tsipras descarta formar coalizão com conservadores no parlamento da Grécia

  • Por Agencia EFE
  • 07/09/2015 12h41

Atenas, 7 set (EFE).- O líder do Syriza e ex-primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, descartou nesta segunda-feira, de forma indireta, formar uma coalizão com os conservadores da Nova da Democracia e voltou a pedir um novo mandato para que o governo de esquerda não se transforme em um “parêntese” na história.

“O povo decidirá se o Syriza vai seguir governando e com quem. Na realidade, o dilema é quem vai governar: Syriza ou Nova Democracia”, disse Tsipras em entrevista coletiva em Salônica, onde ontem apresentou as principais prioridades de seu governo se vencer as eleições antecipadas do próximo dia 20.

Dessa forma, o ex-primeiro-ministro recursou, indiretamente, a oferta do líder da Nova Democracia, Vangelis Meimarakis, de formar uma grande coalizão para “garantir a permanência” da Grécia no euro.

Tsipras afirmou que o partido que sair vencedor do pleito ficará com a maioria absoluta do parlamento e, portanto, poderá escolher com quem governar. Ele, porém, não afastou a possibilidade de recorrer a segunda maior força no Congresso na hora de formar uma nova coalizão para governar o país.

Para Tsipras, as diferenças entre o Syriza e a Nova Democracia são muito significativas apesar da tentativa de Meimarakis tentar criar um clima de que “todos são parecidos”.

“Devemos deixar para trás as práticas políticas do passado e avançar rumo ao futuro”, disse o líder esquerdista, acrescentando que o país deve pôr fim ao “clientelismo” e a “corrupção” que marcaram os governos anteriores.

Entre as diferenças fundamentais entre o Syriza e Nova Democracia, Tsipras ressaltou o fato de que o governo de seu antecessor, Antonis Samaras, pretendeu divulgar o pensamento de que a dívida grega é sustentável, enquanto “nós conseguimos abrir o debate sobre sua renegociação”.

“Outro tema prioritário para nós é o tratamento das dívidas e a proteção das receitas mais baixas, além do restabelecimento da negociação coletiva, algo que não foi prioridade do governo da Nova Democracia”, acrescentou o ex-primeiro-ministro.

Tsipras reiterou que, ao contrário do grupo de oposição, o Syriza assinou um acordo com os credores internacionais após ter negociado com firmeza, o que permitirá recuperar a economia grega graças, entre outras medidas, aos 35 bilhões de euros do novo resgate. EFE

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