Tsipras informará ao parceiro de governo sobre o conteúdo do acordo

  • Por Agencia EFE
  • 13/07/2015 10h07
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Atenas, 13 jul (EFE).- O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, se reunirá na tarde desta segunda-feira com o líder dos Gregos Independentes, seu parceiro de governo, Panos Kamenos, para informar sobre o conteúdo do acordo alcançado com os credores.

Após o término da cúpula europeia, que durou 17 horas, o primeiro-ministro chamou Kamenos para informá-lo sobre as reformas aceitas.

Os Gregos Independentes já fixaram uma reunião de seu grupo parlamentar e de seu comitê executivo para amanhã com o objetivo de debater o acordo.

Por outro lado, a direção do conservador Nova Democracia também se reunirá e seu presidente interino, Vangelis Meimarakis, assegurou que agora é o momento que o país “reiniciar seus passos na Europa”.

“Com o acordo, a Grécia respirou, e com seriedade e responsabilidade buscará reiniciar seus passos na Europa”, afirmou.

O representante do centrista To Potami, Stavros Theodorakis, destacou que a Grécia alcançou seu objetivo de se manter na zona do euro e na União Europeia, embora o acordo suponha “novos sacrifícios” para o povo grego.

“Esperamos que o governo, o parlamento e os partidos façam o que devem e tomem as decisões que lhes correspondem sem demorar para passar a uma nova era o mais rápido possível. O acordo demorou muito, implica medidas dolorosas e infelizmente necessitará de novos sacrifícios do povo”, apontou Theodorakis.

O líder do social-democrata Partido Socialista Panhelenico (Pasok), Fofi Yenimata, pediu ao Executivo que atue “rápido”, já que, recalcou, não tem “espaço para outros erros”.

“Evitamos o grexit (saída do Grécia do euro), há um acordo que agora avaliaremos”, assinalou Yenimata.

A dificuldade agora se centra em como o acordo será recebido na Grécia, pois alguns dos membros do governo se mostraram abertamente contra medidas que impliquem mais austeridade.

O ministro do Trabalho, Panos Skurletis, anunciou que haverá eleições antecipadas ao longo deste ano, e que até então haverá um governo de ampla coalizão ou serão buscados apoios pontuais da oposição para poder aplicar as reformas estipuladas com a zona do euro.

Skurletis reconheceu que há um problema com a maioria governamental, por isso é mais que previsível uma remodelação de governo. EFE

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