Tufão Soudelor já causou 14 mortos e meio milhão de evacuados na China
Pequim, 10 ago (EFE).- Quatorze pessoas morreram, cinco estão desaparecidas e 490 mil tiveram que ser evacuadas em zonas de risco no sudeste da China devido ao tufão Soudelor, o mais forte do ano no planeta, que o fim de semana também causou seis mortos e quatro desaparecidos na vizinha Taiwan.
Segundo a agência oficial chinesa “Xinhua”, a região mais afetada pelas fortes chuvas foi a cidade de Wenzhou, na província litorânea sudeste de Zhejiang, onde um deslizamento de terras causou 12 mortos e quatro desaparecidos em zonas rurais dos arredores da cidade.
As outras duas mortes foram registradas na cidade de Lishui, enquanto se calcula que o tufão afetou mais de dois milhões de pessoas em Zhejiang e na vizinha província de Fujian, as que mais sofreram as consequências deste fenômeno meteorológico.
Quase mil casas ruíram em ambas as províncias por inundações ou deslizamentos de terra, que também causaram graves danos em 43.600 hectares de campos de cultivo e perdas que só em Zhejiang são avaliadas em cerca de US$ 644 milhões.
Em algumas áreas dessa província foram registradas no fim de semana chuvas de até 700 milímetros por metro quadrado, as maiores contabilizadas nessas áreas em 120 anos, e em várias localidades o nível de água nas ruas subiu até quatro metros.
Em Fujian, província vizinha à ilha de Taiwan, o Soudelor obrigou o fechamento de três aeroportos provinciais, o que afetou 530 voos e deixou em terra milhares de viajantes, enquanto cerca de três milhões de pessoas ficaram no sábado sem fornecimento de energia elétrica, embora tenha sido restaurado no domingo.
O Soudelor, que segundo as previsões meteorológicas será o tufão mais potente este ano no mundo todo, chegou ao litoral de Taiwan na sexta-feira e às da vizinha China no sábado, levando fortes ventos e intensas chuvas.
As autoridades chinesas iniciaram no domingo o dispositivo de emergência de nível 4 (o mais baixo na escala nacional), que implica o envio de ajuda econômica e materiais de emergência para as zonas mais afetadas. EFE
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