Tunísia prende 50 pessoas ligadas com terrorismo antes da Festa do Sacrifício
Túnis, 29 set (EFE).- A Polícia da Tunísia prendeu 50 pessoas relacionadas com o jihadismo na semana anterior à realização do Eid al-Adha (Festa do Sacríficio), um dos mais importantes eventos do calendário muçulmano, informou nesta terça-feira o Ministério do Interior em comunicado.
Segundo a nota, 12 dos detidos já eram procurados por crimes relacionados com atividades terroristas. Os demais acabaram capturados por causa do envolvimento com movimentos salafistas violentos.
As informações foram divulgadas um dia depois de as Forças Armadas do país terem anunciado a prisão de um “perigoso terrorista” ligado ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na região do Kef, na fronteira com a Argélia.
A Tunísia, único país da chamada “Primavera Árabe” que concluiu uma transição pública, enfrenta um período de instabilidade devido à crise econômica e um violento surto de jihadismo.
Desde o triunfo da revolta contra a ditadura de Zine El Abidine Ben Ali em 2011, radicais do grupo salafista “Ansar al Sharia” combatem as forças de segurança nas montanhas do Kef e Kasserine, ambas na fronteira com a Argélia.
Os combates foram intensificados após a guerra civil na Líbia, país onde se instalaram centenas de tunisianos seguidores da organização que retornaram após combaterem na Síria e no Iraque ao lado dos membros do EI.
Com cerca de 3 mil integrantes, segundo números oficiais, e mais de 5 mil, conforme analistas independentes, os tunisianos são a principal nacionalidade entre os estrangeiros que fazem parte do EI. EFE
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