Tunísia recupera 174 imigrantes que tentavam chegar à ilha na Itália

  • Por Agencia EFE
  • 13/04/2015 17h52
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Cartago (Tunísia), 13 abr (EFE).- Unidades dos serviços de guarda-costeira da Tunísia recuperaram nesta segunda-feira 174 imigrantes que tentavam chegar ilegalmente à ilha de Lampedusa, na Itália, segundo informou a Cruz Vermelha desse país.

De acordo com a fonte, os imigrantes navegavam em duas embarcações, com 90 e 84 passageiros cada uma, e lançaram um sinal de alarme quando se encontravam à deriva em uma área entre a costa tunisiana e a ilha italiana.

Todos eles foram resgatados e transferidos a um centro de acolhimento no porto meridional tunisiano de Zarzis, próximo à turística ilha de Jerba, acrescentou a fonte sem oferecer outros detalhes, como a nacionalidade dos imigrantes.

Nesta mesma manhã, a guarda-costeira da Itália informou à Agência Efe que tinha recuperado os corpos de nove imigrantes e socorrido outras 144 pessoas que navegavam em direção ao país em um barco que afundou a 80 milhas do litoral da Líbia.

Os sobreviventes, junto com os corpos dos falecidos, foram transferidos em um navio da marinha militar à Sicília, após um fim de semana no qual “foram socorridos 5.629 imigrantes”, segundo explicou o porta-voz da guarda-costeira, Filippo Marini.

Por estar próxima das costas africanas, a Itália recebe um elevado fluxo de imigração clandestina.

Até o último dia 31 de outubro, o país usava o dispositivo Mare Nostrum, dedicado a resgatar imigrantes em situação de risco nas águas do Canal da Sicília.

O programa, foco de críticas principalmente da oposição, que acusava o governo de esbanjar recursos econômicos do país, foi substituído em novembro por Tritón, um dispositivo comunitário que patrulha as fronteiras mediterrâneas.

A operação europeia Tritón, com um orçamento de 2,9 milhões de euros ao mês, conta com menos recursos que Mare Nostrum, que custava 9,3 milhões ao mês.

Segundo a agência da ONU para os refugiados, pelo menos 3.500 pessoas morreram em 2014 nas águas do Mediterrâneo enquanto tentavam chegar ilegalmente à costa europeia, número que transforma esta rota na mais mortal do mundo para a imigração. EFE

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