Turismo aposta forte em visibilidade internacional com Jogos Olímpicos

  • Por Agencia EFE
  • 08/07/2015 21h27

Isadora Camargo.

São Paulo, 8 jul (EFE).- Com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) pretende impulsionar a promoção turística no exterior aproveitando a visibilidade do país com a realização esportivo, em agosto do ano que vem, e incentivado pelo câmbio favorável aos visitantes.

O plano para mostrar o Brasil no exterior está sendo intensificado desde o primeiro semestre com a divulgação em países estratégicos da Europa e América do Norte, como disse em entrevista exclusiva à Agência Efe o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz.

“O Brasil conta com um histórico recente de grandes eventos, e isso ampliou a capacidade competitiva do turismo brasileiro. No Rio de Janeiro, estamos duplicando a rede hoteleira, já que temos uma grande exposição no mundo”, destacou.

Para Lummertz, o país deve ser um dos principais alvos do turista no próximo ano devido aos Jogos, que exigiram investimento de cerca de R$ 65 milhões, permitindo que locais como a Cidade Olímpica e o Porto Maravilha se tornassem área de recreação inclusive depois do evento.

“Rio é a cidade que, talvez, mas investimentos esteja recebendo ao dia de hoje, sendo a maior parte deles em transporte urbano, portuário e atrativos turísticos coletivos”, salientou.

Além dos investimentos em infraestrutura na capital fluminense, as portas do turismo no Brasil foram ampliadas através do número de companhias aéreas que estão se instalando no país, com mais voos nacionais e internacionais, e da rede hoteleira.

O crescimento na oferta turística também é fruto de acordos com mercados estrangeiros enfocando o fortalecimento da integração com a América Latina e Europa e impulsionando novos mercados como os dos Estados Unidos e Canadá, que agora realizam os Jogos Pan-americanos de Toronto.

Segundo o presidente da Embratur, o momento é propício para promover o Brasil. Para que isso aconteça, o país precisa ser “destapado” através de rotas alternativas às do Cristo Redentor, que, nas palavras dele, limita o país a uma lógica sol, mar e ambiente carioca e aos estereótipos globais. “Temos que buscar outros postais, um turismo que seja mais experiente e menos distante do turista”, resumiu.

Alguns exemplos citados por Lummertz foram as belezas naturais e paisagísticas que estão distribuídas de norte a sul no país, como o pantanal, na região Centro-Oeste, e o Parque Nacional de Foz do Iguaçu, no Paraná.

Quanto aos problemas de segurança e exploração sexual que foram relacionados ao turismo nacional nos últimos anos, o ex-funcionário do Ministério do Turismo entende que são casos pontuais e que estão sendo controlados.

“A questão sexual ainda está relacionada com baixa renda, já não é questão de uma consciência da sociedade. Hoje temos sistemas de proteção, uma linha telefônica de emergência, além da legislação ser extremamente dura com este tipo de crimes. E o turismo se posiciona contra isso” reiterou.

Para o presidente da Embratur, essas são as consequências do desenvolvimento econômico. Ele espera que esses problemas fiquem para atrás, já que para os próximos meses o objetivo do organismo será obter mais mercados potenciais para acordos.

“Precisamos de uma permanência internacional mais resistente e agressiva, um esforço de gestão e coordenação para aproveitar o momento de visibilidade da nação de um lado e o câmbio propício do outro”, afirmou.

“O Brasil está em um momento para ser aproveitado: o câmbio está mais barato, as oportunidades no país estão visíveis, além de ter uma diversidade muito grande ainda não compreendida pelo mercado”, completou.

Lummertz lembrou também a capacidade que o país tem para receber pessoas e para mostrar o que há de surpreendente em todo o território nacional, com rotas encantadoras e boas pessoas. “O Brasil tem vários planetas dentro de um só, é um país de descobrimento e aventura”, finalizou. EFE

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