Turismo projeta crescimento de 6,7% apesar de crise econômica

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Movimentação de passageiros em viagens nacionais e internacionais deve ser menor nas férias de julho devido à crise econômica brasileira. Os ajustes de preços, por exemplo, da energia, gasolina, transporte urbano e alimentação causaram desequilíbrio nos orçamentos das famílias. Esses fatores somados ao aumento da inadimplência certamente irão refletir nas férias de julho dos brasileiros.

Falando a Danillo Oliveira, o economista Alfredo Meneguetti, da PUC do Rio Grande do Sul, acredita que os consumidores estarão cautelosos. “Mesmo com a redução do consumo, eles estão pagando mais por causa das tarifas que aumentaram muito. Então eles vão se dar conta que o desequilíbrio que teve nesse mês vai voltar e vai continuar”, explica.

Apesar da contenção de gastos, a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo projeta crescimento do mercado. De acordo com a entidade, o setor registrou faturamento de R$11,9 bilhões em 2014. O valor representa avanço de 6,7% em comparação a 2013; o número de viajantes subiu 1,9%, resultando em seis milhões de passageiros.

Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens, Edmar Bull, o aumento da oferta também influencia a queda do consumo. “A venda caiu um pouco em reais, mas o número de passageiros tem se mantido por causa das promoções”, ressalta.

Desembarques domésticos subiram de 56 milhões, em 2009, para 73 milhões, em 2014, segundo dados do evento Mercado de Viagem Mundial 2015. Para as agências, a recomendação é que adotem a revisão mensal dos orçamentos, com o objetivo de acompanhar custos e evitar prejuízos.

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