Turista estrangeiro gastou o dobro do habitual no Brasil durante a Copa
Rio de Janeiro, 26 ago (EFE).- Os estrangeiros que visitaram o Brasil durante a Copa do Mundo gastaram US$ 2 mil em média, quase o dobro do habitual entre os turistas recebidos pelo país, segundo um estudo do Ministério do Turismo e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgado nesta terça-feira.
A renda familiar média dos visitantes estrangeiros no Brasil durante o Mundial, de US$ 6.489 mensais, representa um aumento de 40% em relação à do turista habitual, que é de US$ 1.850 mensais.
De acordo com o estudo, o perfil médio dos turistas estrangeiros que visitaram o país durante a competição é a de uma pessoa jovem (25% dos visitantes tinha entre 25 e 31 anos) e com um alto poder aquisitivo.
Os argentinos representaram 21% dos visitantes durante a Copa, enquanto a afluência de norte-americanos (14,5%), ingleses (6,8%), colombianos (6,6%) e chilenos (6,4%) também foi destacada entre o total de 203 nacionalidades recebidas pelo Brasil no torneio.
Os estrangeiros gastaram cerca US$ 2 mil nos entre 13 e 15 dias que, em média, permaneceram no país, enquanto o normal é que os estrangeiros recebidos pelo país permaneçam 16,5 dias e deixem US$ 1,1 mil.
Segundo o relatório, as principais despesas dos estrangeiros durante o torneio foram em hospedagem, alimentação, transporte interno, compras pessoais, excursões e compra de ingressos para os jogos.
Outro aspecto destacado pelo estudo é o aumento significativo das estadias em imóveis de aluguel, que aumentou 11,9% em comparação com o comportamento habitual do turista estrangeiro no país, e em albergues e campings, onde aconteceu um aumento de 4,9% da demanda.
Para a obtenção dos dados foram realizadas 10.513 entrevistas nos 12 aeroportos das cidades-sede da competição e em dez postos das fronteiras terrestres.
Na semana passada o Banco Central informou que o país ingressou US$ 1,58 bilhão procedentes do turismo estrangeiro durante os meses do Mundial (US$ 789 milhões em junho e US$ 797 milhões em julho), o que representa um aumento de 59,7% em comparação com o mesmo período de 2013. EFE
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