Turistas estrangeiros acampam na Coreia do Norte pela primeira vez

  • Por Agencia EFE
  • 18/06/2014 09h13

Seul, 18 jun (EFE).- Um grupo de turistas protagonizou o primeiro camping de estrangeiros nas montanhas da Coreia do Norte, parte de um incomum circuito pelo hermético país, informou nesta quarta-feira Koryo Tours, a maior operadora de turismo do território norte-coreano.

“Éa primeira vez que o camping faz parte de um tour na Coreia do Norte”, afirmou a empresa, sediada em Pequim, em seu blog oficial, que publicou fotos do acampamento que mostram uma dezena de turistas estrangeiros, a maioria ocidentais.

Koryo Tours relatou que “nesta viagem assombrosa escalamos algumas das montanhas mais emblemáticas da RPDC e inclusive dormimos duas noites em barracas sob as estrelas nestas áreas virgens”.

A empresa disse que a iniciativa foi um sucesso e em 2015 oferecerá novos pacotes no país comunista.

O primeiro camping na Coreia do Norte foi armado no monte Myohang, a cerca de cem quilômetros ao norte de Pyongyang, e no monte Kumgang, no sudeste do país, perto da fronteira com a Coreia do Sul, segundo a Koryo Tours.

Foi no monte Kumgang, que na década passada recebeu visitantes sul-coreanos em um projeto turístico – suspenso desde 2008, é o ponto mais ao norte da futura “zona de turismo internacional” anunciada pelo governo norte-coreano semana passada.

Pyongyang divulgou no último dia 12 a intenção de transformar o país “em um dos destinos turísticos de fama mundial” ao abrir para visitantes estrangeiros uma faixa de cem quilômetros quadrados do território, a partir do Kumgang até a cidade de Wonsan, no sudeste do país.

Atualmente o turismo na Coreia do Norte se limita a circuitos muito restritos e não é permitido aos visitantes percorrer livremente as cidades nem as áreas rurais, embora conseguir um visto de entrada no país seja relativamente acessível para estrangeiros da maioria de nacionalidades.

Analistas disseram que o líder Kim Jong-un focou o turismo como uma importante fonte de receita para impulsionar o Estado, em permanente crise econômica desde os anos 90. EFE

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