Turquia: Assad pode fazer parte da transição na Síria, mas não há lugar no futuro

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/08/2016 17h21
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XNM04 DAMASCO (SIRIA) 27/06/2016.- Fotografía facilitada hoy, 27 de junio de 2016, por la agencia árabe de noticias (Sana) que muestra al presidente sirio Bashar Al Assad (c) mientras toma el Iftar, la comida con la que se rompe el ayuno diurno durante el mes del Ramadán, durante su visita a las tropas en Guta oriental, Damasco, Siria el 26 de junio de 2016. El opositor Ejército del Islam afirmó hoy que ha derribado en las últimas horas un avión de guerra Mig 29, de fabricación rusa, y un helicóptero de las fuerzas gubernamentales sirias en áreas próximas a Damasco. EFE/- EFE Ditador sírio Bashar Al Assad entre soldados em Damasco

O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, disse neste sábado que o país está disposto a aceitar um papel para o presidente sírio, Bashar Assad, durante um período de transição, mas insistiu que ele não tem mais lugar no futuro da Síria. 

Os comentários foram feitos depois que as forças de Assad atacaram posições curdas no começo da semana, levando alguns a especular que uma reaproximação entre as autoridades turcas e sírias estava em curso, em meio a autonomia curda no norte da Síria. 

“Haverá concessões nas questões curdas”, disse Nasser Haj Mansour, um conselheiro das Forças Democráticas curdas na Síria, que expulsaram o Estado Islâmico de Manbij, no norte da Síria, neste mês. 

A Turquia é um dos principais apoiadores dos rebeldes que lutam para derrubar Assad, e recebe mais de 2,7 milhões de refugiados sírios. Mas Istambul tem se preocupado com o crescente poder dos EUA, que apoia as forças curdas da Síria através da fronteira e se opõe a qualquer movimento para a autonomia curda ou independência.

Damasco tem evitado atacar as forças curdas totalmente, uma vez que elas têm ajudado a derrotar o Estado Islâmico em várias batalhas por conta própria.

No entanto, na sexta-feira, o comando geral militar da Síria divulgou um comunicado referindo-se à força policial interna curda como a “ala militar do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK)”, que é considerado um grupo terrorista pela Turquia. 

A declaração do militar parecia ser uma concessão à Turquia, que está lutando contra sua própria insurgência curda no sudeste e há muito tempo tem pressionado o governo sírio para reprimir o PKK. 

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