Turquia bloqueia redes sociais para impedir imagens de promotor assassinado

  • Por Agencia EFE
  • 06/04/2015 11h12
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Istambul, 6 abr (EFE).- As redes sociais na Turquia sofreram um bloqueio parcial nesta segunda-feira após uma ordem judicial que impediu o acesso às fotos do promotor sequestrado e assassinado na terça-feira da semana passada.

O bloqueio foi imposto de forma irregular e, segundo o jornal “Hürriyet”, já foi suspenso no caso do Facebook, após a empresa se comprometer a apagar as imagens do promotor. Por outro lado, YouTube e Twitter continuam inacessíveis no país.

A ordem, emitida por um tribunal de Istambul, lista uma série de sites a serem bloqueados para impedir a divulgação de uma foto que mostra o promotor Mehmet Selim Kiraz feito como refém no Palácio de Justiça de Istambul, com uma pistola na cabeça.

O atentado foi reivindicado pelo grupo de extrema-esquerda DHKP/C, que também divulgou a foto nas redes sociais, tirada pelos próprios sequestradores. Tanto o promotor como os dois extremistas morreram durante o sequestro e na operação de resgate.

A ordem judicial exige o bloqueio de páginas e, se não for possível, do site inteiro, mas aparentemente foi aplicada de forma arbitrária pelos diversos provedores, enquanto há uma negociação para que as próprias empresas retirem a polêmica foto.

Segundo o “Hürriyet”, o Facebook se comprometeu a apagar a imagem e vários usuários sequer notaram o bloqueio. Já o Twitter evitou diversos bloqueios judiciais ao suspender contas de usuários na Turquia, após receber pedidos de Ancara.

O fechamento do YouTube se junta a experiências similares no período de 2007 a 2010 e novamente em 2014, o que levou a vários usuários turcos a se adaptarem com ferramentas de navegação que evitem os bloqueios. EFE

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