Turquia detém 66 policiais e empresários em operação antiterrorista

  • Por Agencia EFE
  • 22/05/2015 13h45
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Istambul, 22 mai (EFE).- As forças de segurança turcas detiveram nesta sexta-feira 66 policiais e empresários em 19 províncias do país, no marco de uma operação contra a “rede terrorista” de Fethullah Gülen, um pensador exilado nos Estados Unidos.

A procuradoria de Konya, na Anatólia Central, expediu ordens de detenção contra ex-diretores da polícia, membros de uma comissão fiduciária e empresários, segundo detalha um comunicado do escritório do governador desta província turca.

As detenções começaram a ser efetuadas hoje em uma operação simultânea em 19 províncias, dirigida contra o que o governo classifica de “Estado paralelo”, ou seja a rede de simpatizantes de Gülen no Judiciário e na polícia.

A operação amplia a abrangência de uma investigação prévia na qual foi detido no último dia 11 de maio passado um advogado turco, agora em prisão preventiva e acusado de ser “membro da rede terrorista gülenista, vulnerar o segredo de investigação e privacidade, e conspiração”.

Entre os detidos agora se encontram também vários dirigentes da Associação de Empresários e Industriais Aktif, radicada em Ancara, segundo o jornal “Hürriyet”.

Outros empresários, que aparecem na lista das ordens de detenção, ainda não foram detidos porque estão fora do país, acrescentou o jornal.

O movimento gülenista, de orientação islamita e ativo sobretudo no setor educativo, era um firme aliado do governamental Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), também islamita, até a explosão de uma luta de poder entre ambos no final de 2013.

A tentativa de vários juízes e promotores de investigar acusações de corrupção contra o círculo do agora presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em dezembro de 2013, suscitou várias ondas de transferências e suspensões no Judiciário e na polícia para livrar estas instituições de supostos gülenistas.

No início de abril, o movimento gülenista foi definido pela procuradoria pela primeira vez como “organização terrorista”. EFE

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