Turquia e EUA iniciam ataques coordenados na Síria contra o Estado Islâmico
As forças militares da Turquia e dos EUA lançaram, nesta quarta-feira, 24, uma grande ofensiva na Síria contra militantes do Estado Islâmico, com o intuito de tentar cortar rotas de abastecimento vitais do grupo extremista e deter combatentes curdos de apreender uma importante cidade fronteiriça de Jarabulus, segundo autoridades de ambos os países.
As forças especiais turcas, auxiliados por conselheiros militares norte-americanos, drones dos EUA e unidades de artilharia turca, iniciaram os ataques na Síria antes do amanhecer, como parte da campanha coordenada para empurrar o Estado Islâmico para fora de uma cidade estratégica no rio Eufrates, disseram autoridades.
Jatos turcos bombardearam as forças do Estado Islâmico dentro da Síria, de acordo com a agência estatal de notícias da Turquia, Anadolu, no que se acredita serem os primeiros ataques aéreos por parte da Turquia na Síria desde novembro, quando os pilotos turcos abateu um avião de guerra russa que brevemente desviou para o espaço aéreo turco. Tanques de guerra turcos também foram a caminho da Síria, disse a agência de notícias.
Enquanto isso, centenas de rebeldes sírios se amontoaram na fronteira, prontos para retomarem a cidade de Jarabulus, uma dos últimas portas remanescentes do Estado Islâmico utilizadas pelo grupo para transportar reforços e suprimentos da Turquia para a sua capital, em Raqqa.
Drones norte-americanos baseados na base aérea de Incirlik, no sul da Turquia, foram designados a vigiar Jarabulus, e as forças de operações especiais norte-americanas estão trabalhando com autoridades militares turcas no lado turco da fronteira para planejar a ofensiva, disseram autoridades.
Se necessário, disse um alto funcionário do governo dos EUA, aviões de guerra norte-americanos estão preparados para fornecer apoio aéreo contra os rebeldes sírios, caso eles se movam para Jarabulus.
O ataque coordenado ocorre em meio a uma visita do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, em Ancara para encontros com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o primeiro-ministro, Binali Yildirim, para discutirem a relação entre os dois países e a possível extradição do clérigo Fethullah Gulen, exilado nos EUA, acusado de estar por trás da tentativa de golpe em julho, na Turquia.
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