Twitter da revista Newsweek é pirateado por grupo ligado ao EI
Nova York, 10 fev (EFE).- A revista “Newsweek” foi vítima neste terça-feira de um ciberataque em sua conta no Twitter, tomada por um grupo afiliado ao Estado Islâmico (EI) que pediu uma “ciberjihad” contra os Estados Unidos, publicou dados do Pentágono e desejou à primeira-dama do país, Michelle Obama, “um São Valentim sangrento”.
“Enquanto os Estados Unidos e seus satélites estão matando nossos irmãos na Síria, no Iraque e no Afeganistão, nós estamos destruindo sua ciberseguridade nacional a partir de dentro”, afirmava o texto publicado no Twitter da revista ao redor das 10h45 (local, 12h45 em Brasília).
O grupo se autodenomina “O cibercalifado Estado Islâmico” e ameaçou os americanos: “Sabemos tudo sobre vocês e seus parentes e estamos muito mais perto do que jamais imaginariam. Não haverá piedade para os infiéis!”.
Durante o ciberataque também publicaram uma lista de “valentes mujahedins”, documentos que seriam do Pentágono com dados de soldados americanos, assim como um tweet em que diziam a Michelle Obama: “estamos te monitorando, a suas filhas e a seu marido”.
Finalmente, incluíram uma mensagem dizendo “Je suis ISIS” (em referência ao hashtag “Je Suis Charlie” após os ataques contra a revista Charlie Hebdo).
Todos os tuítes desapareceram da conta dez minutos depois e a própria revista informou que os responsáveis pelo ciberataque são os mesmos que já haviam hackeado as contas da cantora Taylor Swift e a do Comando Central dos EUA.
“Pedimos desculpas a todos os nossos leitores pelo conteúdo ofensivo que foi publicado neste tempo e estamos trabalhando para reforçar as medidas de segurança a partir de agora em nossa redação”, afirmou a diretora da revista, Kira Bindrim. EFE
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