Ucrânia: anunciado acordo entre Yanukovich, oposição e representantes da UE

  • Por Agencia EFE
  • 21/02/2014 06h02
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Kiev, 21 fev (EFE).- O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, os líderes da oposição e representantes da União Europeia (UE) chegaram a um acordo para acabar com a crise política na Ucrânia, informou nesta sexta-feira a Presidência da ex-república soviética.

“A assinatura do documento vai acontecer às 12h locais (7h de Brasília) na sede da administração presidencial”, diz a nota oficial.

Ainda não são conhecidos os termos do acordo, que foi alcançado após “uma noite inteira de complexas negociações”, relatou uma fonte da Presidência à agência local “Unian”.

“O presidente da Ucrânia fará concessões em prol do restabelecimento da paz”, declarou pouco antes do anúncio do acordo a deputada e conselheira de Yanukovich, Anna Guerman.

As negociações para acabar com a onda de violência se intensificaram ontem à noite depois de um dia sangrento com dezenas de mortes.

Segundo a oposição, apenas ontem mais de 60 manifestantes morreram por ferimentos de arma de fogo, depois que o Ministério do Interior ordenou a distribuição de armas para a polícia.

Os últimos números oficiais do Ministério da Saúde informam que desde a última terça-feira, quando começou o surto de violência, 77 pessoas morreram em Kiev, mas os opositores elevam o mesmo para mais de 100.

Na noite de ontem, a Rada Suprema (Parlamento) proibiu a operação antiterrorista anunciada na quarta-feira pelos serviços secretos e dirigida contra manifestantes radicais que tomaram dezenas de edifícios oficiais nos últimos dias.

A maioria necessária para aprovar a resolução foi conseguida com os votos de 12 deputados que abandonaram o Partido das Regiões, a legenda governista do presidente Yanukovich, que não participou da votação.

Em outra resolução, a Rada “condenou categoricamente” a onda de violência na Ucrânia, sobretudo no centro de Kiev, e exigiu que as forças militares e policiais “ponham um fim, de forma imediata, ao uso da força contra os cidadãos da Ucrânia”. EFE

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