Ucrânia defende legitimidade de eleições e exige reconhecimento internacional

  • Por Agencia EFE
  • 28/05/2014 15h55
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Berlim, 28 mai (EFE).- O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, defendeu nesta quarta-feira a legitimidade das eleições presidenciais de domingo passado e exigiu o reconhecimento de todos os países que compõem o Conselho de Segurança da ONU.

Yatseniuk realizou estas declarações no discurso perante a imprensa prévio a seu encontro em Berlim com a chanceler alemã, Angela Merkel, e os primeiros-ministros da Geórgia, Irakli Garibashvili, e Moldávia, Iurie Leanca.

O primeiro-ministro ucraniano defendeu a “transparência” e “legitimidade” do pleito do fim de semana passado, que os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) ratificaram apesar das dificuldades para votar no leste do país.

“O povo da Ucrânia quer uma perspectiva europeia. Nosso objetivo é que a Ucrânia seja um país europeu com o novo presidente”, assegurou.

Yatseniuk, que se mostrou disposto a “lutar pela liberdade e a democracia”, reconheceu que a Ucrânia se encontra em uma situação “difícil”, com “grandes desafios” pela frente nos quais precisa do apoio de todas as potências envolvidas no conflito, “especialmente a Rússia”.

“Não deve haver outro Muro de Berlim na Europa”, comentou na capital alemã.

Merkel, por sua parte, reiterou a “alegria” de seu governo pelo modo como aconteceram as eleições presidenciais da Ucrânia apesar das “muito difíceis condições”, pela sublevação de separatistas pró-russos no leste do país.

Além disso, a chanceler aproveitou a ocasião para desejar que o grupo de observadores da OCDE na Ucrânia com o qual se perdeu contato “retorne em liberdade”.

A chefe do governo alemão insistiu na aposta da UE no leste da Europa com este encontro com os primeiros-ministros da Ucrânia, Moldávia e Geórgia, três países que nos últimos meses decidiram estreitar relações com os 28 países do bloco.

Merkel assegurou neste sentido que estes pactos não são “isto ou aquilo” e que uma aproximação da UE não implica em afastar-se da Rússia, mas acrescentou que a União Europeia exercerá sua responsabilidade com seus sócios frente a Moscou se for preciso.

“Cada país deve poder escolher livremente”, assegurou a chanceler. EFE

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