Ucrânia espera que Ocidente lhe forneça armamento defensivo

  • Por Agencia EFE
  • 12/09/2015 11h59
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Kiev, 12 set (EFE).- O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, afirmou neste sábado que seu país espera que o Ocidente lhe forneça armamento defensivo para garantir a segurança do Estado.

“Esperamos que nos deem armamento defensivo”, disse o chefe do governo em um discurso na 12ª Conferência Estratégia Europeia de Yalta, realizada na capital ucraniana.

Yatseniuk lembrou que as autoridades de Kiev já apresentaram a seus parceiros ocidentais vários pedidos nesse sentido.

“O armamento defensivo não é para atacar. Compreendemos que este problema (o conflito no leste da Ucrânia) não tem uma solução militar”, ressaltou Yatseniuk.

Porém, advertiu que “não haverá solução alguma se a Ucrânia não contar com forças armadas poderosas”.

“Precisamos de um exército forte”, insistiu o primeiro-ministro.

Yatseniuk se mostrou cético sobre as perspectivas dos acordos de Minsk para a regulação pacífica do conflito, que, segundo os últimos dados da ONU, já deixou cerca de 8.000 mortos.

“Quero dizer, com toda franqueza, que sou cético quanto aos acordos de Minsk, mas entendo que são os únicos acordos que temos neste momento”, comentou.

Yatseniuk salientou que as autoridades de Kiev estão dispostas a realizar eleições nas regiões de Donetsk e Lugansk, parte das quais são controladas por separatistas pró-Rússia, se forem ajustadas aos critérios da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), algo para o que agora não há condições.

“Não imagino que a OSCE possa dizer que estejamos em condições de realizar eleições livres sob a mira de fuzis Kalashnikov em cada colégio eleitoral”, declarou.

Além disso, o primeiro-ministro ucraniano instou os países ocidentais a manter as sanções à Rússia até o total cumprimento dos acordos de Minsk.

Yatseniuk advertiu que seria uma demonstração de “fraqueza” condicionar a Moscou a suspensão das sanções a “pequenos avanços” no processo de regulação do conflito.

“As sanções podem ser suspensas em apenas um caso: depois do pleno cumprimento dos acordos de Minsk, quando Lugansk, Donetsk e Crimeia voltarem à Ucrânia”, concluiu. EFE

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