Ucrânia expede ordem de busca e prisão internacional contra Yanukovich

  • Por Agencia EFE
  • 26/02/2014 15h23

Kiev, 26 fev (EFE).- A Procuradoria Geral da Ucrânia expediu nesta quarta-feira uma ordem de busca e prisão internacional contra o agora ex-presidente do país, Viktor Yanukovich, cujo mandato foi cassado pelo parlamento e que está em paradeiro desconhecido desde o sábado.

“Yanukovich foi declarado em busca e captura internacional”, anunciou Oleg Makhnitski, procurador-geral das novas autoridades ucranianas, em entrevista coletiva.

Também foi emitida uma ordem internacional de prisão para o ministro do Interior, Vitaliy Zakharchenko, que também foi destituído e supostamente deu a ordem para repressão das manifestações opositoras em Kiev que precederam a queda de Yanukovich.

Makhnitski explicou que o Ministério do Interior e o Serviço de Segurança da Ucrânia receberam a ordem de encontrar Yanukovich e Zakharchenko, e levá-los à Justiça para serem processados.

Em particular, o presidente deposto, que foi cassado no último dia 22 pelo parlamento por abandono de funções, é acusado de assassinato em massa pelo uso da força por parte de policiais contra os manifestantes.

As novas autoridades ucranianas estimam em mais de 100 o número de mortos e em 2.000 o de feridos nos distúrbios da semana passada na capital, dos quais 500 continuam em estado grave.

Algumas fontes apontam que o Yanukovich está na base naval russa no porto de Sebastopol, na região ucraniana da Crimeia.

Por sua vez, o chefe do comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados da Rússia (Duma), Mikhail Margelov, negou que Yanukovich esteja em território russo.

“Sei com certeza que Yanukovich não está na Rússia. E, em minha modesta opinião, a Rússia não lhe concederia asilo”, declarou, descartando que Moscou cogite romper relações com a Ucrânia.

As novas autoridades ucranianas também advertiram para a possibilidade de Yanukovich ir para a vizinha Belarus, onde também se exilou em 2010 o presidente do Quirguistão, Kurmanbek Bakiev, após ser destituído. EFE

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