Ucrânia nega que seus militares tenham bombardeado território russo

  • Por Agencia EFE
  • 13/07/2014 09h15
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Kiev, 13 jul (EFE).- O porta-voz do Conselho de Defesa e Segurança da Ucrânia, Andrei Lysenko, negou neste domingo que os militares ucranianos tenham usado artilharia contra o território da Rússia e que tenham alguma responsabilidade no incidente que matou um cidadão russo na cidade de Donetsk.

“As forças que participam da operação antiterrorista (contra as milícias pró-Rússia) não abrem fogo contra o território de país vizinho nem contra bairros residenciais”, disse Lysenko em discurso à imprensa.

No entanto, acrescentou, “há fatos comprovados de que os guerrilheiros (russófilos) disparam contra o território da Rússia e contra a população civil para provocar”.

Segundo Lysenko, os separatistas usam essa tática para atribuir aos militares ucranianos a responsabilidade pela morte de civis.

A Rússia tachou de “ato de agressão” a soberania de seu território e seus cidadãos o ataque com fogo de artilharia de hoje que, além da vítima mortal, deixou dois feridos em Donetsk, cidade russa na fronteira com a Ucrânia, e que Moscou atribuiu às forças ucranianas.

A Chancelaria russa denunciou o incidente como “uma demonstração da perigosa escalada de tensão na zona da fronteira russo-ucraniana” e advertiu que “pode ter consequências irreversíveis, cuja responsabilidade recairá na parte ucraniana”.

Donetsk, de pouco mais de 40 mil habitantes, fica junto à fronteira com a região ucraniana de Lugansk, palco de intensos combates entre as tropas do governo de Kiev e as milícias separatistas pró-Moscou.

Segundo a agência russa “Interfax”, foram três os projéteis que caíram sobre Donetsk, que tem o mesmo nome que a cidade ucraniana de quase 1 milhão de habitantes, transformada no principal bastião dos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

Um dos líderes dos separatistas, o chefe do governo da autoproclamada república popular de Donetsk, Andrei Purguin, declarou que quase com certeza os projéteis foram disparados por militares ucranianos.

“Temos problemas com o armamento pesado. Reduzem os projéteis. São sistemas operados por profissionais. Os nossos não podiam ter falhado dessa maneira”, disse Purguin à “Interfax”. EFE

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