Ucrânia prende dois militares russos no leste do país

Kiev, 17 mai (EFE).- A Ucrânia prendeu neste domingo dois oficiais russos que podem ser membros do Serviço de Inteligência Militar da Rússia (GRU), no leste do país, segundo informou o comando militar ucraniano.

“Dois militares russos foram detidos. Nossos agentes estão com eles”, disse Andrei Lisenko, porta-voz do comando militar, em entrevista coletiva.

Os oficiais russos foram aprisionados pelo batalhão Aidar, um dos mais ativos e temidos das forças governamentais que combatem as milícias pró-russas, segundo a imprensa local.

De acordo com o Conselho de Segurança da Ucrânia, quatro cidadãos russos teriam sido presos sob a acusação de prepararem ações subversivas nas regiões de Donetsk, onde vigora um cessar-fogo desde meados de fevereiro, e da vizinha Kharkiv.

O Ministério da Defesa russo voltou a negar nesta semana as acusações sobre a presença de soldados russos na Ucrânia, que o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, calculou em aproximadamente 11 mil soldados.

O comando militar ucraniano informou neste domingo que três soldados das forças do governo morreram e 17 ficaram feridos em combates com as milícias rebeldes em Donetsk.

Os conflitos aumentaram nas últimas semanas em Donetsk, principalmente nos arredores do aeroporto, no porto de Mariupol e no reduto insurgente de Gorlovka.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, alertou na noite de sábado que não haverá eleições nas regiões separatistas até que seja cumprido o cessar-fogo, que entrou em vigor no dia 15 de fevereiro, e todo o armamento pesado seja retirado.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o secretário americano de Estado, John Kerry, se comprometeram a exercer influência sobre ambas as partes em conflito para que terminem definitivamente as hostilidades.

A Ucrânia e os separatistas pró-Rússia iniciaram nesta semana as reuniões dos grupos de trabalho de Minsk criados para abordar os problemas políticos, econômicos, humanitários e de segurança criados pelo conflito no leste do país. EFE