UE busca negócios na Argentina após giro de Cristina e fechar capítulo Repsol

  • Por Agencia EFE
  • 13/06/2014 15h52
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Buenos Aires, 13 jun (EFE).- Após a solução da disputada pela desapropriação da companhia petrolífera espanhola Repsol e o acordo com o Clube de Paris, a Argentina abriu “uma janela e uma porta” ao investimento europeu, afirmou nesta sexta-feira o vice-presidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani.

Tajani chegou hoje a Buenos Aires à frente de uma delegação de meia centena de empresários europeus, e ressaltou que o caso “Repsol é o passado e o Mercosul, o futuro”.

Segundo ele, a situação atual para os investimentos europeus “é muito diferente à de dois anos atrás”, quando a companhia petrolífera foi estatizada sem indenização.

“A novidade é que a Argentina abre uma janela e uma porta” aos empresários europeus, afirmou em entrevista coletiva logo na chegada ao país.

Os pontos chave para este giro foi, segundo o vice da CE a indenização à Repsol pela desapropriação pela companhia petrolífera YPF e o acordo do pagamento da dívida em moratória fehcado com o Clube de Paris.

A segurança jurídica, uma das críticas mais importantes dos empresários europeus à Argentina, é um tema prioritário para o investimento mas, segundo Tajani, a “mudança política” do governo de Cristina Kirchner constitui uma prova de confiança para investir no país.

Após o caso Repsol, “as empresas europeias tinham medo de fazer investimentos aqui, mas agora tudo mudou”, acrescentou o comissário europeu, “agora a mensagem que chega à da Argentina é de mensagem de segurança jurídica”.

Tajani se referia ao encontro que teve com a presidente argentina, Cristina Kirchner, na posse de Michele Bachelet no Chile em março.

“A mensagem é que a Argentina está aberta e gosta de falar com as empresas europeias, e a resposta não foi formal. Chegamos aqui para fazer investimentos e não para fazer uma colonização comercial”, insistiu.

“Há diferentes momentos políticos”, apontou o comissário, que evitou se pronunciar sobre os motivos desta mudança ou sobre as garantias governamentais aprovadas neste novo contexto de “segurança jurídica”.

Apesar do clima de otimismo, Tajani admitiu que ainda há alguns aspectos a discutir para aplainar o caminho do investimento, como as limitações ao giro de dividendos imposto pelo governo argentino às empresas.

“Vou falar deste problema com o governo. O mais importante é a vontade política”, assinalou.

Outro dos temas ainda pendentes de solução é a disputa aberta pela Argentina contra a União Europeia n0a Organização Mundial do Comércio (OMC) pelas barreiras tarifárias ao comércio de biodiesel, o que, apontou Tajani, “pode ser resolvido com o diálogo”.

Como prova deste “giro político”, o chefe de gabinete da Argentina, Jorge Capitanich, destacou hoje a “importância estratégica” da visita da delegação europeia.

Tajani chegou a Buenos Aires, vindo do Panamá, à frente de uma delegação composta por 50 de empresários de 11 países e de diferentes setores, para apresentar a Eurocâmara, fórum econômico e comercial privado europeu que já existe em vários países da região, que começará a funcionar também na Argentina.

A delegação europeia viajará hoje para o Paraguai, última etapa desta tour empresarial. EFE

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