UE busca relação com Cuba que supere a Posição Comum, diz ministro espanhol

Madri, 18 dez (EFE).- A União Europeia trabalha há dois anos para estabelecer nova relação com Cuba, que superem as restrições impostas pela Posição Comum, que condiciona a aproximação entre bloco e governo, a um desenvolvimento democrático da ilha, disse nesta quinta-feira o ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo.

Em discurso na Comissão de Relações Exteriores do Senado espanhol, o chefe da diplomacia do país lembrou que a UE abriu a porta para uma nova relação bilateral com Cuba “muitos meses antes” que se iniciassem as negociações envolvendo os Estados Unidos, que segundo Margallo, terminaram com um “final feliz”.

O presidente americano, Barack Obama, e o cubano, Raúl Castro, anunciaram ontem a histórica decisão de restabelecer as relações diplomáticas entre os dois países, que estavam interrompidas desde 1961.

Dois anos atrás, o países União Europeia concordaram em autorizar a então chefe da diplomacia do bloc, Catherine Ashton, a explorar um acordo bilateral com Cuba que a médio prazo pudesse superar a Posição Comum, que foi imposta em 1996. Antes, em 2010, a presidência espanhola da UE propôs que houvesse avanço de uma posição unilateral para uma nova relação bilateral.

A União Europeia e Cuba, o único país da América Latina com que o bloco não tinha acordo bilateral, realizaram a primeira rodada de conversas em abril, em Havana. Em agosto, houve novo encontro, em Bruxelas.

Em janeiro haveria uma nova rodada de negociações, mas houve pedido de adiamento por parte de Cuba.

O fim da Posição Comum exige que seja uma decisão adotada pela unanimidade dos 28 integrantes do bloco, uma vez que o Conselho da UE considere que este seja o melhor passo a ser tomado. EFE

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