UE conterá crise de refugiados se deixar de apoiar terroristas, diz Al Assad

  • Por Agencia EFE
  • 15/09/2015 13h40
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Moscou, 15 set (EFE).- O presidente da Síria, Bashar al Assad, afirmou que a União Europeia conterá a avalanche de refugiados “se deixa de apoiar os terroristas” em seu país, durante uma entrevista adiantada nesta terça-feira pela imprensa russa.

“A questão não é se a Europa recebe ou deixa de receber os refugiados, mas a necessidade de acabar com a origem do problema. Se os europeus se preocupa com o destino dos refugiados, que deixem de apoiar os terroristas”, afirmou Assad.

Ao mesmo tempo, fez um pedido a todos os sírios “a se unirem na luta contra o terrorismo, porque é o caminho para conseguir os objetivos políticos que os sírios querem, através do diálogo e de um processo político”.

“Se hoje perguntamos a qualquer sírio o que quer, a primeira resposta será: segurança e estabilidade para todos e para cada um de nós. Por isso, todas as forças políticas, tanto no governo como fora dele, devem se unir em torno das exigências do povo sírio”, ressaltou o presidente.

As forças políticas sírias devem “continuar com o diálogo para chegar a um consenso”, continou Assad.

“Mas é impossível conseguir o real êxito enquanto morre gente, continua o derramamento de sangue e as pessoas não se sentem totalmente seguras”, acrescentou.

Na manhã de hoje o presidente russo, Vladimir Putin, disse que Moscou continuará a dar ajuda técnico-militar ao regime sírio em sua luta contra os grupos terroristas como o Estado Islâmico.

O chefe do Kremlin negou que o apoio de Moscou ao regime de Bashar al-Assad seja a causa da crise dos refugiados e ressaltou que se não tivesse dado suporte à Síria o número de deslocados seria ainda maior.

Da mesma forma que o próprio Assad, Putin garantiu que o presidente sírio está disposto a incorporar ao governo de seu país às “forças saudáveis da oposição”, mas ressaltou que a tarefa do momento é unir esforços na luta contra o terrorismo.

“Sem isso, é impossível resolver outros problemas, incluído o dos refugiados”, especificou. EFE

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