UE convoca cúpula extraordinária de líderes sobre refugiados para dia 23

Bruxelas, 17 set (EFE).- O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, convocou nesta quinta-feira uma cúpula extraordinária de líderes dos países da União Europeia (UE) para a próxima quarta-feira, 23 de setembro, a fim de abordar a crise de refugiados.

“Convoco um Conselho Europeu extraordinário para quarta-feira, dia 23, para discutir como tramitar a crise de refugiados”, anunciou Tusk na rede social Twitter.

Tusk já adiantou na segunda-feira que hoje informaria se seria convocada ou não uma cúpula, após Alemanha e Áustria se mostrarem a favor de tratar a crise de refugiados ao mais alto nível, em reunião dos chefes de Estado e do governo da UE.

O encontro ocorrerá no dia seguinte ao Conselho extraordinário de ministros europeus de Interior da próxima terça-feira, no qual os países tentarão chegar a um acordo sobre a repartição de 120 mil refugiados proposto pela Comissão Europeia (CE).

Países como Hungria, República Tcheca, Eslováquia e Romênia rejeitam abertamente o sistema de cotas obrigatório que Bruxelas qer impor, o que impediu por enquanto um respaldo político unânime à medida.

A pressão para os vinte E oito é máxima depois que o parlamento Europeu (PE) inclinou hoje a balança para o lado da Comissão, ao dar seu respaldo político por grande maioria ao sistema de repartição proposto por Bruxelas.

Tusk já tinha reivindicado um “sinal concreto” dos países por causa do Conselho de ministros de Interior de segunda-feira, e garantiu então que se os Estados-membros não conseguissem “uma solução baseada no consenso e uma solidariedade genuína”, convocaria uma cúpula de líderes.

A convocação agora deste novo Conselho Europeu faz esperar pouco da reunião de ministros do dia 22.

Fontes da UE, por outro lado, desvincularam ambas reuniões e disseram que os ministros se centrarão na questão das cotas de refugiados, enquanto os líderes tratarão aspectos mais gerais como a solução dos problemas nos países de origem da onda de refugiados. EFE