UE destinará mais 45 milhões de euros em ajuda humanitária ao Sudão do Sul

  • Por Agencia EFE
  • 12/04/2014 11h24

Bruxelas, 12 abr (EFE).- A União Europeia (UE) anunciou neste sábado o envio de ajuda adicional de 45 milhões de euros para prevenir uma “terrível tragédia” humanitária no Sudão do Sul.

Esta ajuda de emergência foi comunicada oficialmente em reunião de alto nível sobre o Sudão do Sul organizada em Washington pela Comissão Europeia (CE), o Escritório Para a Coordenação de Assuntos Humanitários e a Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), segundo uma nota da UE.

“Estamos atualmente muito perto de uma das crises humanitárias mais prolongadas de nosso tempo”, assinalou a comissária europeia de Cooperação Internacional, Ajuda Humanitária e Resposta a Crise, Kristalina Georgieva, que afirmou a necessidade de a comunidade internacional “prevenir a todo custo que isto ocorra”.

Mais de um milhão de pessoas foram deslocados dentro e fora do país, afetando toda a região, e mais de três milhões precisam urgentemente de ajuda humanitária, disse.

Estes números “aumentam a cada dia sem nenhuma perspectiva de melhora da situação”, acrescentou Georgieva.

O comissário europeu de Desenvolvimento, Andris Piebalgs, por sua vez afirmou que o conflito no Sudão do Sul causa “enormes sofrimentos em civis inocentes” e afirmou que, para responder à piora da situação humanitária e ajudar os cidadãos, serão empregados “todos os instrumentos à nossa disposição”.

A ajuda comunitária servirá para fornecer serviços básicos, alimentos e outros produtos não alimentícios aos sul-sudaneses internamente deslocados ou refugiados em países vizinhos.

A assistência também permitirá proporcionar refúgios, serviços de atendimento médico, proteção, água, produtos higiênicos e sanitários, e cobrir de forma urgente, com 15 milhões de euros, as necessidades dos refugiados sul-sudaneses.

Cada vez mais refugiados chegam aos acampamentos em Uganda, Etiópia, Sudão e Quênia, que já estão no limite de sua capacidade, alertou a CE, que ainda alertou que mais da metade da população do Sudão do Sul, sete milhões de pessoas, está em risco de insegurança alimentícia.

A nova ajuda eleva a assistência da CE ao Sudão do Sul a 95 milhões de euros e está submetida à aprovação final dos países.

O conflito no Sudão do Sul começou em 15 de dezembro quando as autoridades sul-sudanesas combateram um ataque de militares rebeldes, e o governo acusou o ex-vice-presidente Riak Machar, rival político do líder, Salva Kiir, de ser responsável pela tentativa.

Desde então, os confrontos têm deixado milhares de mortos e colocaram o país à beira da guerra civil.

Embora o governo e os insurgentes tenham chegado a um acordo de cessar-fogo no dia 23 de janeiro em Adis-Abeba, ambas as partes continuam a se acusar mutuamente de violar a trégua, especialmente nos estados de Unidade, Jonglei e Alto Nilo. EFE

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