UE diz que congelamento de fundos palestinos por Israel é ilegal
Bruxelas, 6 jan (EFE).- A Comissão Europeia afirmou nesta terça-feira que o congelamento de fundos aplicado por Israel contra os palestinos, medida estipulada pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, é “contrária às obrigações” do país.
“É contrária à obrigação de Israel prevista no protocolo de Paris”, que regula as relações econômicas entre israelenses e palestinos, disse na entrevista coletiva diária da Comissão a porta-voz comunitária das Relações Exteriores Maja Kocijancic.
A funcionária disse ainda que a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que “trabalha sobre a base da não violência e solução do conflito”, é um “elemento muito importante para a solução dos dois países no Oriente Médio”.
No sábado passado, Netanyahu decidiu congelar as transferências mensais de dinheiro que Israel recolhe para os palestinos em impostos e taxas de alfândega, soma que chega atualmente a 500 milhões de shekels (aproximadamente US$ 127 milhões).
A porta-voz da Comissão também disse que a União Europeia (UE) fornece um apoio “muito considerável” e assistência financeira para respaldar as instituições e infraestrutura do futuro Estado palestino.
“Para nós é muito importante que o trabalho em curso neste âmbito não fique em perigo quando não se respeitam as obrigações e a transferência de impostos não ocorre como o esperado”, comentou.
A porta-voz disse que a UE “vai seguir promovendo todos os esforços para uma solução factível no Oriente Médio, sobre a base dos dois países”, acrescentou.
“É muito importante que as duas partes na região reajam com temperança e não empreendam ações que possam deteriorar a situação no terreno”, concluiu a porta-voz. EFE
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