UE diz que faltam “medidas imediatas” para enfrentar imigração ilegal
A alta representante da União Europeia (UE) para Política Externa, Federica Mogherini, afirmou nesta segunda-feira, após a morte de 700 pessoas no canal da Sicília ao tentarem chegar na Itália, que fazem falta “medidas imediatas” dos vinte e oito membros do bloco para enfrentar o problema da imigração irregular.
“Fazem falta medidas imediatas da União Europeia e de cada Estado membro. Há uma responsabilidade de Bruxelas e também de cada um dos Estados-membros para dar a força política necessária para que a UE reaja da maneira justa” diante do problema da imigração irregular, afirmou Mogherini.
A representante disse que com as “tragédias dos últimos dias, meses e anos já não há mais desculpas, a UE já não tem desculpa, os Estados-membros também não têm desculpas”.
Mogherini, que também é vice-presidente da Comissão Europeia, afirmou que “é preciso desenvolver uma verdadeira responsabilidade europeia em tudo o que concerne ao Mediterrâneo e à imigração”.
“Espero que desta nova tragédia nasça uma nova responsabilidade europeia”, disse a chefe da diplomacia europeia, para quem depois dos últimos atentados jihadistas ocorridos em Paris e Tunísia se desenvolveu esse espírito para a luta contra o terrorismo.
Para Mogherini, é preciso reforçar a operação Triton de vigilância marítima no Mediterrâneo e realizar uma melhor distribuição entre os países do fluxo de refugiados.
A Itália, segundo disse hoje o ministro das Relações Exteriores do país, Paolo Gentiloni, financia 90% da operação e recebe em seu território dois terços dos imigrantes ilegais que chegam a território europeu pela fronteira sul.
Para abordar a situação, os ministros das Relações Exteriores e do Interior dos vinte e oito países da UE se reunirão hoje em Luxemburgo a partir das 10h (de Brasília).
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