UE estuda fornecer armas a curdos e pede mais ajuda humanitária para o Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2014 18h06

Bruxelas, 12 ago (EFE).- Os países da União Europeia (UE) decidiram nesta terça-feira “considerar” o pedido de armas por parte dos curdos para enfrentar os jihadistas do Estado Islâmico (EI) no Iraque, e defenderam o aumento da assistência humanitária aos cidadãos mais afetados pelo conflito nesse país.

Os embaixadores dos 28 países do bloco, convocados para uma reunião extraordinária pela chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, afirmaram que “tomam nota” da solicitação urgente de apoio militar por parte das autoridades regionais curdas do Iraque a certos Estados-membros, informou o Serviço de Ação Exterior.

Neste sentido, destacaram a “necessidade de considerar” esse pedido em “estreita coordenação” com as autoridades iraquianas, como requer o código de conduta de exportação de armas da UE, e destacaram “a importância da coordenação com os parceiros internacionais”.

Os embaixadores convidaram o Serviço Europeu de Ação Exterior liderado por Ashton a “empreender rapidamente consultas com os países vizinhos do Iraque e com seus parceiros para desenvolver opções de mais ações” da UE.

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, solicitou hoje à UE que tome com urgência a decisão de dotar curdos e iraquianos com armas e munição que lhes permitam enfrentar e derrotar o grupo terrorista EI, uma opção que seria compartilhada pela Itália, segundo fontes europeias.

O Reino Unido, por sua parte, anunciou hoje sua disposição a ceder helicópteros Chinook para a distribuição de ajuda humanitária e transportar “algumas provisões militares essenciais de outros países para as forças curdas”.

O Executivo comunitário anunciou hoje um aumento de 5 milhões de euros na ajuda humanitária destinada à população deslocada pelos ataques do EI no norte do Iraque, de modo que o apoio total em resposta a esta crise se eleva a 17 milhões.

O avanço dos jihadistas no Iraque provocou a fuga de 200 mil pessoas da área, enquanto mais de 40 mil, em sua maioria yazidis curdos e cristãos, estão ainda presos no monte Sinjar com necessidade urgente de água, comida, refúgio e remédios, lembrou hoje a comissária europeia de Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva.

Por outra parte, os representantes dos 28 países do bloco aplaudiram os “esforços dos Estados Unidos e de seus parceiros para deter o avanço do EI e facilitar o acesso ao apoio humanitário”, em referência aos bombardeios seletivos e ao lançamento de mantimentos e outros materiais de primeira necessidade.

Por fim, a UE elogiou a designação do xiita Haidar al Abadi como novo primeiro-ministro iraquiano e expressou seu respaldo ao processo constitucional, assim como à importância de conseguir uma solução política à atual crise. EFE

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