UE não reconhecerá resultado de referendo e exige que Rússia deixe Crimeia
A União Europeia (UE) anunciou neste domingo que não vai reconhecer o resultado do referendo sobre a separação da Crimeia da Ucrânia, exigiu que a Rússia retire suas tropas da província autônoma ucraniana e defendeu a busca por uma solução diplomática para o conflito.
“O referendo é ilegal e ilegítimo, e seu resultado não será reconhecido”, afirmaram o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em comunicado conjunto.
O resultado da consulta popular sobre o status do território da Ucrânia, realizado hoje na Crimeia pelas forças pró-Rússia que têm o controle da península, não será divulgado de forma oficial até segunda-feira
Os dois líderes lembraram que os 28 países da UE consideram que a realização do referendo “é contrária à Constituição da Ucrânia e o direito internacional”.
“A solução para a crise na Ucrânia deve ser baseada na integridade territorial, na soberania e na independência da Ucrânia, no marco da Constituição da Ucrânia, assim como o estrito cumprimento das normas internacionais”, ressaltaram.
Barroso e Van Rompuy consideraram que a única solução para a crise da Crimeia passa pelos “processos diplomáticos” e deve incluir “discussões diretas” entre Moscou e Kiev.
“A União Europeia tem uma especial responsabilidade com a paz, a estabilidade e a prosperidade no continente europeu e continuará perseguindo estes objetivos utilizando todos os canais disponíveis”, afirmaram.
Os presidentes da Comissão e do Conselho reiteraram sua “enérgica condenação à violação, não provocada, da soberania e da integridade territorial da Ucrânia” e exigiram que a Rússia retire os soldados que disponibilizou em meio ao conflito, “em conformidade com os acordos pertinentes”.
Van Rompuy e Barroso lembraram que os ministros das Relações Exteriores dos países da UE analisarão nesta segunda-feira a situação da Crimeia no conselho que vão realizar em Bruxelas, um encontro no qual esperam aprovar uma lista de pessoas que teriam seus ativos congelados nos territórios da União e seriam proibidos de viajar aos países que a integram. EFE
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