UE reconhece que ameaça terrorista sobre Europa é “real e crescente”

  • Por Agencia EFE
  • 11/01/2015 13h29

Paris/Bruxelas, 11 jan (EFE).- A Comissão Europeia (CE) reconheceu neste domingo que o nível de ameaça terrorista que pesa sobre a União Europeia (UE) é “infelizmente real e crescente”, assinalou na reunião ministerial internacional de Paris o comissário europeu do Interior, Dimitris Avramopoulos.

“Nos reunimos em Paris para considerar uma resposta unida e forte a este desafio comum que os autores destes atos atrozes lançaram. Este desafio só pode ser resolvido de forma conjunta dentro da União Europeia e além, com nossos aliados internacionais”, assinalou em seu discurso.

Avramopoulos disse que neste “momento trágico” a Europa deve permanecer unida para defender seus valores e suas liberdades, como a liberdade de expressão e de imprensa, frente aos que rejeitam nosso modo de vida e detestam a democracia.

O comissário pediu que não a abertura ao diálogo e a tolerância não sejam esquecidos nem se caia na estigmatização e lembrou que agora é o momento de silêncio e de reflexão, que guiarão as ações da UE em vez do medo.

Ele lembrou que os ministros europeus de Interior se reunirão no próximo dia 29 de janeiro em Riga e apelou para a cooperação entre Estados-membros.

Entre as medidas que a UE poderia adotar em escala comunitária estão o reforço da prevenção da radicalização, a melhora dos instrumentos de luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo e a melhora da detecção e da resposta às ameaças.

Avramopoulos insistiu também na necessidade de iniciar um sistema europeu de registro de dados de passageiros e reforçou que esta medida deve ser tomada com pleno respeito aos direitos fundamentais.

“Devemos reagir juntos para que nossos amigos e inimigos compreendam que a Europa pode garantir a segurança de seus cidadãos sem comprometer seus valores nem sua identidade”, destacou.

“Charlie não está morto. Europa é Charlie”, continuou, ao assegurar que a “violência odiosa e os terroristas não ganharão da liberdade e da democracia”. EFE

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