UE reforçará controles na África e compartilhará informações de passageiros

  • Por Agencia EFE
  • 16/10/2014 12h55

Bruxelas, 16 out (EFE).- A União Europeia (UE) decidiu nesta quinta-feira “revisar e reforçar” os controles nos aeroportos dos países africanos afetados pelo ebola e também disponibilizará informações sobre os passageiros que chegam aos países do bloco procedentes dessas regiões, informou a ministra da Saúde da Espanha, Ana Mato.

“Em primeiro lugar, vamos revisar e reforçar os controles de saída dos países afetados” – ou seja, Libéria, Serra Leoa e Guiné -, declarou a ministra ao término da reunião extraordinária dos responsáveis de Saúde dos 28 países da UE realizada em Bruxelas.

Além disso, acrescentou que haverá mais “informações para os viajantes em todos os pontos dos aeroportos e portos”, e que pretendem estabelecer “protocolos comuns de atuação para que haja documentos de controle de dados” dos passageiros.

O objetivo é que esses formulários permitam “fazer um acompanhamento territorial” que facilite a localização dessas pessoas durante os 21 dias de sua chegada ao território comunitário, o período de incubação da doença.

Para a ministra espanhola, o mais importante é que os países do bloco concordaram em “trocar informações entre os diferentes países”, de modo que se um passageiro chegar a um aeroporto da UE, seus dados serão recolhidos e compartilhados com os outros Estados-membros.

A ministra considerou importante que os países saibam onde estarão os passageiros que chegarem dos países afetados para que possam ser localizados.

Nesse contexto, disse que está tentando trabalhar “em um protocolo comum para todos” nos aeroportos de saída e de chegada.

Para isso, será elaborado um formulário para que os passageiros preencham com seus dados, que será compartilhado “do aeroporto para o restante dos países para que todos estejam cientes da situação”, assinalou.

A ministra espanhola detalhou que, por enquanto, não há um acordo sobre a possibilidade de estabelecer a medição de temperatura nos passageiros nos aeroportos de chegada à União Europeia.

“Isso ainda está sendo discutido, cada país, neste momento, está agindo ou agirá conforme considerar” oportuno, afirmou.

A Espanha está “estudando” essa possibilidade, disse a ministra, que lembrou que o país não tem voos diretos para os países mais afetados pelo vírus. EFE

mb/rpr

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